Testamos: novo Range Rover Evoque desfila no asfalto e é valente fora dele
Resumo da notícia
- SUV tem design moderno que lembra muito o Velar
- 2ª geração é vendida só na versão HSE R-Dynamic, de R$ 312.300
- Evoque topo de linha tem motor 2.0 turbo de 300 cv
Design é um dos principais motivos do sucesso do Range Rover Evoque. Bonito ele sempre foi, e está ainda mais na segunda geração. Só que, como beleza não é tudo, o SUV ficou ainda mais valente na condução off-road. Foi o que UOL Carros sentiu na prática durante o test drive do novo Evoque.
Lógico que ninguém gasta R$ 312.300 para usar um carro desses só na lama. Mas é bom saber (nem que seja para o ego) que ele faz qualquer trilha parecer brincadeira. Pode botar a "culpa" na eletrônica, a começar pelo sistema Terrain Response 2. Agora inteligente, ele traz um modo que reconhece as condições do piso e adapta o veículo para vencer os obstáculos. Se você preferir, pode selecionar o modo mais apropriado por conta própria.
Abusamos da tecnologia durante o percurso off-road de aproximadamente 20 km que ligou as cidades de Bofete a Pardinho. Foram subidas íngrimes, ladeiras sem muita aderência, travessia de riachos e pedras de todos os tamanhos.
O Evoque não titubeou em nenhuma situação, superando os obstáculos com desenvoltura graças aos recursos como controle de velocidade em descidas e assistente de partida em aclives, que fazem praticamente todo o trabalho sozinho. Cabe ao motorista apenas direcionar o veículo pela trilha.
A versão R-Dynamic HSE vem recheada com itens como ar condicionado digital com duas zonas de temperatura, teto solar panorâmico, piloto automático adaptativo, alerta de colisão, sensor de pontos cegos e central multimidia com tela de 10 polegadas.
Há também equipamentos engenhosos, como o Clear View Mirror, nada mais do que uma câmera que projeta imagens da traseira no espelho retrovisor interno mesmo se a visão traseira estiver obstruída. As câmeras espalhadas pelo carro ajudam até a passar por locais estreitos, já que elas projetam as imagens das laterais como se o capô fosse "invisível".
Desenvoltura no asfalto
Caso você deseje ter um Evoque só para andar na cidade saiba que esse é seu habitat natural. O motor 2.0 turbo de 300 cv é fã de uma boa estrada. Basta acelerar que ele responde prontamente, como indicam os 6,6 segundos necessários para acelerar de 0 a 100 km/h e a velocidade máxima de 242 km/h.
A direção bem calibrada e o câmbio de oito marchas ajudam na condução. A suspensão, que é um pouco dura na absorção de impactos, tem calibração na medida para pisos bem asfaltados, fazendo com que o SUV pareça "flutuar". E poucos utilitários esportivos fazem curvas tão bem como o Evoque. Quase não se nota a carroceria inclinar.
Nem tudo são flores
Se a boa posição de dirigir e o desempenho fazem o motorista se sentir em casa, o mesmo não podemos dizer dos comandos internos. Agrupados em uma única tela tátil à frente do câmbio, eles confundem motoristas de primeira viagem. Demanda tempo para se acostumar com a infinidade de menus e se localizar em meio a tantas funções. Até os comandos mais prosaicos, como a regulagem da intensidade dos faróis, são confusos.
Além disso, os ícones são pequenos demais e as funções da barra na parte inferior da tela tátil ficam perto demais da borda, dificultando o toque dos dedos.
Porém, nenhum defeito é tão grande quanto o preço. A versão topo de gama (por enquanto a única disponível no país) pode chegar a impressionantes R$ 322.300 com pintura metálica, coluna de direção com regulagem elétrica e pacote Black (com detalhes externos na cor preta).
Vamos analisar a concorrência: um Volvo XC60 R-Design custa R$ 300 mil e traz motorização híbrida com 407 cv. Já um Audi Q5 Black sai por R$ 309.990. E ainda tem o Porsche Macan partindo de R$ 329 mil.
Tudo isso só mostra que o Evoque HSE R-Dynamic está caro demais. Se você curtiu o novo SUV da Land Rover sugiro um pouco de paciência: até o fim do ano chegam as versões mais baratas, que virão com o mesmo motor 2.0 turbo, mas recalibrado para render 250 cv e rodar com gasolina ou etanol. Aí sim o Evoque voltará a ser um dos melhores SUVs do pedaço.
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