Ativistas "invadem" o Salão de Frankfurt e pedem banimento dos SUVs
Resumo da notícia
- Greenpeace colocou picape com balão preto em frente ao pavilhão do evento
- Ativistas alegam que indústria não entendeu problema da crise climática
- Novo protesto está marcado para domingo (15)
Nem tudo foi lançamento e festa no mais importante salão do automóvel da Europa. O Greenpeace realizou um protesto na entrada do Salão de Frankfurt, que começou hoje para a imprensa.
O grupo estacionou uma picape preta no acesso principal da feira. Uma enorme bola preta inflável, com a inscrição CO2, saía de tubulações na caçamba, simulando escapes de gases avantajados. Cerca de dez ativistas do grupo seguravam cartazes com dizeres como "parem de dirigir a mudança climática".
"Estamos em uma crise climática e a indústria automobilística ainda não entendeu isso. A pegada de carnono no ano passado excedeu os limites da União Europeia. Aqui no Salão de Frankfurt eles estão celebrando SUVs grandes a gasolina, ao invés de abandoná-los, de abandonar os motores a combustão para um futuro livre de emissões", afirmou a UOL Carros Benjamin Stephan, representante do Greenpeace para Clima e Mobilidade.
Embora os fabricantes estejam anunciando novos modelos elétricos com alguma frequência há pelo menos três anos.
"Se você olhar dentro do salão, muitos desses elétricos são SUVs grandes, o que não é uma opção. Ou são ainda híbridos, que têm motores a combustão, que usam diesel ou gasolina, e ainda estão destruindo o clima e o planeta. Em termos das grandes soluções reais que precisamos, a indústria do carro ainda não está fornecendo-as", diz Stephan.
Um novo protesto está agendado para domingo (15). Os ativistas prometem lotar as ruas de acesso ao evento de bicicletas para causar congestionamentos.
O protesto gerou reações, ainda que discretas, da indústria. Em uma das primeiras coletivas do evento, o presidente mundial da Mercedes, Ola Källenius, defendeu que a indústria está mudando.
"A Mercedes está se eletrificando. É uma mudança fundamental na indústria. Eu sei que há alguma impaciência. Para alguns, a mudança não é rápida o suficiente. Quero garantir que nos também estamos impacientes e estamos trabalhando muito por isso", disse Källenius.
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