Luminosidade quase zero: como funciona o 'carro mais escuro do mundo'
A BMW mostrou no Salão de Frankfurt uma unidade do novo X6 com uma cobertura especial de nanotubos de carbono que entrega, segundo a marca alemã, "o preto mais preto do mundo".
O X6 Vantablack utiliza uma tecnologia desenvolvida para a indústria aeroespacial. No entanto, segure os foguetes de emoção, o carro não será vendido e foi desenvolvido apenas para abrilhantar o show. Ou seria escurecer?
É que a pintura absorve 99,8% da luminosidade do ambiente e apenas 0,2% é refletido. Assim, pessoalmente, o X6 Vantablack parece bidimensional. A sensação é de estar diante de um desenho animado antigo ou de uma página de revista em quadrinhos.
Para o olho humano, o revestimento esconde todos os detalhes do design e embaralha a capacidade de definição. Esse efeito de duas dimensões ainda pode ser interpretado pelo cérebro de quem olha de moda a causar a sensação de cair em um buraco negro ou no próprio vazio do espaço, com direito a tontura. Tudo isso faz dessa pintura das galáxias nada indicada para veículos. Além disso, a tecnologia é cara e muito delicada para a comercialização em série.
O BMW X6 Vantablack foi desenvolvido em conjunto com a NanoSystems, que inventou a tecnologia Vantablack. A cobertura do carro é formada por nanotubos de carbono, com comprimento entre 14 e 50 micrometros, e com 20 nanometros de diâmetro, o que é cerca de 5.000 vezes mais fino que um fio de cabelo humano.
Bilhões desses nanotubos alinhados absorvem quase toda a luminosidade e a converte em calor. Sim, se quase nenhuma luz é rebatida, imagina o calor dentro deste carro? Talvez por isso a BMW não deixe ninguém entrar.
A tecnologia Vantablack foi desenvolvida para revestir componentes que navegam pelo espaço. Como ela pode ser aplicada a temperaturas de 430 C , é adequado para materiais delicados, como alumínio. Segundo a NanoSystems, os componentes óticos revestidos com Vantablack permitem observar estrelas fracas e galáxias distantes, que desviam com a luminosidade do sol, e, por isso, são de difícil detecção.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.