Testamos: HB20 abre novo patamar com visual ousado e 1.0 surpreendente
Resumo da notícia
- Versão Diamond Plus é cara demais, mas traz tecnologias inéditas na categoria
- Frenagem autônoma e alerta de mudança de faixa estão entre itens
- Motor 1.0 turbo de 120 cv empolga pela agilidade nas ultrapassagens
Fazer mudanças em time que está ganhando é arriscado. A Hyundai, porém, parece não estar tão preocupada assim com as consequências da segunda geração do HB20. A fabricante ousou bastante na renovação do modelo, trazendo design polêmico, muita tecnologia e novas motorizações. E não é que o pacote ficou bom?
O visual é de fato o ponto mais delicado do novo HB20. Se você não gostou pelas fotos, saiba que o hatch é mais bonito pessoalmente. As linhas são incomuns, mas bem resolvidas - existe uma coerência nas formas. A frente bicuda e os faróis mais esticados podem causar estranhamento.
Na traseira, as lanternas em formato de "L" parecem que ficariam melhores se estivessem alguns milímetros mais para cima. Porém, ninguém pode acusar a Hyundai de ser conservadora: em um mundo no qual os hatches parecem todos iguais, a fabricante coreana conseguiu abrir um novo patamar, assim como fez sete anos atrás com o lançamento do primeiro HB20.
Esperto como um 1.6
Deixando um pouco o design de lado, o desempenho do motor 1.0 GDI Turbo merece aplausos. Com 120 cv independente do combustível escolhido, ele tem torque máximo de 17,5 kgfm a partir de 1.500 rpm.
Isso resulta em um comportamento ágil em baixas rotações, fazendo com que o HB20 ganhe velocidade rapidamente. Ultrapassagens são feitas sem dificuldades, ainda que acompanhadas de um nível de ruído um pouco mais alto do que o desejado.
Os números de desempenho atestam a esperteza do novo motor, que vai de 0 a 100 km/h em meros 10,7 segundos, praticamente um empate técnico com os 10,5 segundos do motor 1.6 16V, que não só permanece em linha como agora tem 130 cv, um ganho de 2 cv. A velocidade máxima também é quase igual nas duas motorizações: 191 km/h no 1.6 e 190 km/h no 1.0.
De resto, o novo HB20 preserva uma das melhores qualidades de seu antecessor: a ótima dirigibilidade. A direção é leve sem transmitir insegurança nas manobras, a suspensão tem uma calibragem que valoriza o conforto sem ser excessivamente mole e o carro se comporta de forma segura nas curvas. Ou seja, ainda é uma das melhores escolhas da categoria para quem gosta de dirigir.
A posição de guiar ainda é muito boa, voltada até para a esportividade. O aumento de 30 milímetros na distância entre eixos é percebido por quem senta no banco de trás. Além de mais espaço para as pernas, os passageiros mais altos vão mais folgados graças ao maior espaço para ombros e cabeça.
Pioneiro no segmento
UOL Carros percorreu pouco mais de 50 km a bordo do HB20 Diamond Plus. A versão topo de gama oferece itens inéditos na categoria, como alerta de mudança de faixa (que emite um bipe, mas não corrige a trajetória) e alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência, que atua a até 50 km/h.
Felizmente não precisamos testar estes itens fora de uma pista montada dentro de um aeroporto, onde realizamos exercícios que simulavam situações de perigo. Mesmo assim, é bom saber que os recursos estão ali em último caso.
Se na segurança o HB20 tira nota 10, ele poderia se sair melhor no preço. Pagar R$ 77.990 em um compacto de sua categoria está longe de ser uma pechincha, mesmo com um conteúdo tão generoso. Até porque basta lembrar que o recém-renovado Chevrolet Onix, que, se não é tão seguro como o rival, dá o troco com 6 airbags (contra 4 do HB20) e um preço R$ 4 mil menor.
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