Kei cars: como são os carrinhos minúsculos que fazem sucesso no Japão
Resumo da notícia
- Categoria criada no Japão por conta da falta de espaço nas cidades é popular até hoje
- Veículos não têm mais do que 3,40 m de comprimento e motor maior do que 0,6 litro
- Kei cars já foram vendidos no Brasil nos anos 90 e não fizeram sucesso
O Japão é um país repleto de hábitos peculiares. Isso também se reflete na indústria automotiva, traduzida na forma dos exóticos "kei cars".
Essa categoria de veículo também é conhecida como "kei jidousha" (ou "carro leve", em tradução livre) e é formada por carros minúsculos até para os nossos padrões.
Só que não basta ser pequeno: nenhum deles pode ter mais do que 3,40 metros de comprimento, 1,48 metro de largura e 2 metros de altura. As motorizações não podem ser mais do que 660 cm3 e 63 cv.
Apenas para comparação, um Renault Kwid tem 3,68 metros de comprimento, 1,57 metro de largura e 1,47 metro de altura.
No Brasil
Os kei cars já se aventuram no mercado brasileiro no auge das importações de veículos nos anos 90. Mas poucos modelos cruzaram o Atlântico com destino ao Brasil.
A Suzuki trouxe o Super Carry, uma pequena van que mais parecia uma cópia da Asia Towner.
A Daihatsu investiu em dois modelos: o Cuore era um hatch vendido nas carrocerias de duas e quatro portas. Já o Terios era um simpático SUV que poderia fazer ainda mais sucesso nos dias de hoje.
O mais famoso dos kei cars, porém, foi o Subaru Vivio. Seu nome vinha de uma brincadeira com a capacidade volumétrica do motor (de 0,6 litro) em números romanos - ou seja, VIVI.
Quase um "Fitzinho"
Não faltavam kei cars pelos corredores do Salão de Tóquio. Um dos mais procurados durante os dias de imprensa foi o Honda N-Box, justamente o modelo mais vendido da categoria em 2018.
Apesar das linhas retas, o N-Box lembra outros carros mais conhecidos de nós. A grade frontal tem desenho parecido com a do City.
O interior também faz uso dos traços mais retos para aproveitar espaço, mas vários componentes vêm de modelos mais famosos.
As portas traseiras são corrediças e podem até vir com acionamento automático dependendo da versão.
A sensação de amplitude é diferente de tudo que estamos acostumados e causa estranheza entrar em um veículo tão pequeno por fora e tão amplo por dentro.
O N-Box parte de 1.411.300 ienes na versão mais barata, algo em torno de R$ 52.500 - o equivalente a um Chevrolet Onix LT. Seu motor é um 0.6 de 58 cv e torque máximo de 6,6 kgfm, associado a um câmbio CVT.
Dependendo da versão o kei car oferece o sistema de assistências de segurança Honda Sensing, que inclui alerta de permanência em faixa, assistente de frenagem de emergência, alerta de colisão, piloto automático adaptativo e leitura de placas de trânsito.
* Viagem a convite da Anfavea
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