Century: o carro do Imperador que a Toyota nunca vai vender no Brasil
Resumo da notícia
- Sedã é vendido apenas por Japão; preço equivale a mais de R$ 720 mil
- Century foi lançado em 1967 e está apenas na terceira geração
- Sistema híbrido tem motor 5.0 V8 e outro elétrico; potência combinada é de 431 cv
Grandes autoridades não fogem muito de algumas escolhas óbvias quando precisam de um carro oficial.
Alguns usam Mercedes-Benz, os ingleses de Bentley e Rolls-Royce ou até os suntuosos Cadillacs.
O Imperador do Japão, porém, tem o privilégio de ter um carro feito só para ele. O Century é um sedã vendido apenas no mercado japonês e o meio de transporte da família imperial há mais de cinco décadas.
Carro de Imperador
Lançado em 1967, o primeiro Century tinha faróis retangulares, grade larga e linhas mais conservadoras. A semelhança com os sedãs norte-americanos daquela época era proposital, já que sua missão era substitui-los na garagem das autoridades. Já o nome era uma homenagem ao centenário de Sakichi Toyoda, fundador da empresa nascido em 1867 e falecido em 1930.
De tão prestigiado em seu país de origem, o Century ganhou o apelido de "Rolls-Royce japonês".
A terceira geração do sedã estreou em 2018 e foi a primeira inteiramente nova em 21 anos. O preço também é digno de uma autoridade internacional: por ele pedem-se 19,6 milhões de ienes, algo em torno de R$ 722 mil.
Acabamento feito à mão
O Century tem atenção especial dentro da gama Toyota. Ele é o único modelo a ostentar o logotipo de uma fênix, ave que é símbolo da família imperial.
Apenas 50 unidades são produzidas por mês sob supervisão de profissionais - que deveriam ser chamados de artesãos.
Todos os processos são feitos com a ajuda de robôs, mas há espaço para a intervenção humana. É o que acontece na carroceria, que recebe um acabamento final para eliminar quaisquer imperfeições nas chapas.
Segundo a Toyota, o processo conhecido como "kichomen" (algo como "realizar um trabalho de forma meticulosa e cuidadosa") é tão delicado que até a simples respiração do profissional pode interferir no resultado.
Até o alinhamento das portas traseiras são conferidos várias vezes, uma vez que as etapas da fabricação (como o acréscimo do revestimento interno e dos componentes elétricos) podem fazê-las ceder alguns centímetros para baixo.
Depois de realizadas estas etapas a carroceria recebe sete camadas de tinta (três a mais do que em um automóvel "convencional") até atingir o efeito desejado. A Toyota vende o Century apenas na cor preta.
Vida de imperador
Por dentro, o piso do veículo é rebaixado para facilitar o acesso de idosos e mulheres vestidas com quimonos. E talvez você até estranhe a opção de tecido de lã em vez de couro em um carro tão luxuoso, mas, segundo a fabricante, isso acontece porque alguns clientes preferem sentir o toque da lã.
O "lugar" nobre do interior é o lado esquerdo do banco traseiro, onde há massageadores e apoio para os pés. O sistema de entretenimento para os passageiros de trás inclui tela tátil de 11,6 polegadas, amplificador com 12 canais e sistema de som com 20 alto-falantes.
Motorização híbrida
Se o design está longe de ser a última palavra em modernidade, o Century traz o que há de mais moderno na gama Toyota debaixo do capô.
O motor 5.0 V8 tem injeção direta de combustível e tecnologia híbrida, entregando 381 cv e 52 kgfm de torque máximo, enquanto o motor elétrico tem 165 kW, ou aproximadamente 224 cv e 30,6 kgfm. A Toyota afirma que a potência combinada é de 431 cv.
Assim como a maioria dos sedãs de luxo, o Century sai de fábrica com alerta de colisão, assistente de permanência em faixa, piloto automático adaptativo, sistema de farol alto inteligente, assistente de estacionamento e alerta de tráfego cruzado, entre outros itens.
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