FCA e PSA fecham acordo e criam quarto maior grupo automotivo do mundo
Resumo da notícia
- Empresas confirmam conversas para possível fusão
- Novo grupo ficaria entre os maiores do mundo
- FCA esteve perto de fusão com Renault, mas governo francês barrou acordo
A FCA e a PSA fecharam hoje (31) um acordo de fusão. Assim, as empresas formam o quarto maior grupo automotivo do mundo.
O valor de mercado estimado do negócio gira em torno de US$ 50 bilhões e a divisão acionária é de 50% para cada uma das partes.
O novo grupo terá sede na Holanda e será presidido por John Elkann, atual manda-chuva da Fiat Chrysler. Já o cargo de executivo-chefe seria dado ao presidente do Grupo PSA, Carlos Tavares.
"Essa convergência traz valor significativo para todas as partes envolvidas e abre um futuro brilhante para a entidade combinada", afirmou Tavares.
A fusão dá origem a um grupo com vendas estimadas em 8,7 milhões de veículos por ano, além de receitas anuais de quase 170 bilhões de euros.
"A companhia resultante da fusão se beneficiaria das margens entre os mais altos mercados onde estaria presente, baseadas na solidez da Fiat Chrysler na América do Norte e na América Latina, além da PSA na Europa", afirmam as empresas no comunicado.
Compartilhar gastos e plataformas
As fabricantes planejam obter "maior eficiência na alocação de recursos" investindo em larga escala em plataformas compartilhadas e desenvolvimento conjunto de motores e transmissões.
A fusão prevê ainda compartilhamento de novas tecnologias e "melhoria da capacidade de compras resultante da nova escala combinada do grupo".
As empresas garantem que "essas sinergias estimadas não são baseadas em qualquer fechamento de plantas".
FCA e PSA projetam que "80% das sinergias sejam alcançadas após quatro anos".
A estimativa é que o custo total único para que essa sinergia seja alcançada é de 2,8 bilhões de euros.
Esta não é a primeira vez que a FCA busca fusão com concorrentes para discutir seu futuro. O conglomerado já teria recebido propostas de compra da Hyundai e do fundador da Geely, o bilionário chinês Li Shifu, que teria oferecido 22 milhões de euros. Nenhuma das negociações foi concluída.
Em maio, a FCA fez uma proposta de fusão à Renault, que naufragou após ser rejeitada pelo governo francês - que possui 15% das ações da Renault. A oferta se limitava apenas à marca francesa, deixando Nissan e Mitsubishi de fora, o que irritou os executivos da Nissan - e azedou ainda mais a já conturbada relação na aliança franco-japonesa.
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