Como SUVs 'salvaram' Porsche e fizeram Lamborghini bater recorde de vendas
Não é novidade que os SUVs são a categoria de automóvel que mais cresce no mundo.
Considerando apenas o Brasil, os utilitários esportivos foram responsáveis por 26,6% das vendas totais de veículos de passeio no ano passado, segundo a Fenabrave. A tendência é semelhante em outros mercados e o percentual deve crescer ainda mais nos próximos anos.
O sucesso é tanto que até marcas de esportivos e montadoras de luxo se renderam à demanda e hoje têm ou vão lançar pelo menos um SUV em seu portfólio.
Inclusive a Ferrari embarcou nessa onda. Até 2022, a fabricante de cupês e conversíveis vai colocar no mercado o Purosangue, seu primeiro modelo com carroceria elevada. As conterrâneas Maserati e Lamborghini, por sua vez, já têm o Levante e o Urus, respectivamente.
Além disso, as aristocráticas Bentley e Rolls-Royce, historicamente associadas aos sedãs, lançaram recentemente o Bentayga e o Cullinan.
Tábua de salvação
Lá em 2002, a Porsche enfrentava dificuldades financeiras, depois de flertar com a falência, e ignorou os clientes mais puristas ao lançar o Cayenne. O que até então parecia impensável para a marca de Stuttgart acabou se tornando a decisão mais acertada da sua história.
Se hoje a Porsche tem as contas em dia, lucros em alta e dinheiro em caixa, ela deve muito disso ao Cayenne. Aqui, no Brasil, o utilitário esportivo foi o modelo mais licenciado da montadora alemã em 2019, com 562 unidades - 30,5% de todos os 1.849 Porsches comercializados no País no período.
O segundo colocado foi o SUV compacto Macan, com 496 licenciamentos no ano passado. Somando Cayenne e Macan, a dupla de utilitários esportivos foi responsável por nada menos do que 57,2% das vendas da empresa no mercado brasileiro.
Recordes
Lançado em 2018, o Urus fez a Lamborghini bater recorde em 2019. O SUV teve 4.962 exemplares comercializados no mundo ao longo do ano passado, o que corresponde a 61% de todas as vendas da marca, que subiram quase 45% no embalo do Urus.
O desempenho foi festejado por Stefano Domenicali.
"O ano de 2019 foi o mais bem-sucedido da nossa história, declarou esta semana o CEO da Lamborghini.
Aqui, o Urus respondeu por nada menos do que 69,7% de todas as 33 vendas da Lambo em 2019, com 23 unidades licenciadas. No primeiro ano cheio de mercado no Brasil, o SUV ajudou (e muito) a mais do que dobrar os emplacamentos da fabricante italiana, que licenciou 15 carros em 2018.
Os números de vendas da Porsche e da Lamborghini são da Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores).
A Rolls-Royce também não tem do que reclamar com o seu Cullinan.
A montadora de luxo anunciou no começo de 2020 um aumento de 25% nas vendas globais em 2019, sustentada pela demanda por seu primeiro SUV, apenas um ano após seu lançamento.
A empresa britânica de 116 anos disse que vendeu um recorde de 5.152 carros ao redor do mundo no ano passado, em comparação com as 4.107 unidades comercializadas no ano anterior.
O Cullinan tem uma unidade emplacada em São Paulo e é o veículo utilitário com o IPVA mais caro no Estado em 2020. De acordo com a Secretaria da Fazenda e Planejamento do governo paulista, o SUV de luxo tem de recolher R$ 119.193,84 referentes ao imposto neste ano.
O preço de mercado estimado pela secretaria é de R$ 2.979.856.
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