Placa Mercosul: saiba o que muda com o modelo adotado em todo o Brasil
Resumo da notícia
- Padrão Mercosul perde o lacre e identificação de município de registro
- Nova placa substitui um número por uma letra, ampliando combinações
- Criado em 2014, padrão Mercosul perdeu elementos de segurança
- Carros zero e placa cinza com troca de município exigem mudança para novo formato
A placa Mercosul foi adotada em todo o território brasileiro em 2020, em substituição ao modelo cinza. Conforme o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Todos os carros emplacados atualmente no país utilizam o novo padrão.
Criado em 2014, o padrão Mercosul é utilizado desde 2018 no Brasil. O formato também é adotado na Argentina, no Paraguai e no Uruguai, com algumas diferenças em relação à versão brasileira.
Mas o que muda na vida dos brasileiros com o padrão Mercosul? Confira abaixo quando a placa terá de ser instalada nos veículos e as diferenças para o modelo cinza no que se refere à segurança.
Tenho que trocar a placa do carro?
Conforme a Resolução 780/2019 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), a placa Mercosul é obrigatória no emplacamento de veículos novos.
Por sua vez, quem possui placa cinza terá de substituí-la pela Mercosul quando houver mudança de categoria do veículo ou furto, extravio, roubo ou dano do dispositivo. A troca também está prevista em caso de transferência do registro para outro município ou Estado.
Porém, os proprietários que já utilizam a placa Mercosul não terão de comprar outra nessa circunstância, já que o padrão não exibe a cidade onde foi realizado o emplacamento.
Pessoas que desejam trocar voluntariamente também podem aderir ao novo modelo.
O que a nova placa traz de diferente
Enquanto a placa cinza traz uma combinação de três letras precedendo quatro números, a Mercosul é formada por três letras, um número, outra letra e dois algarismos, nessa ordem.
A troca de um número por uma letra permite quantidade muito maior de combinações alfanuméricas: serão possíveis cerca 450 milhões de combinações, a serem compartilhadas entre todos os países do Mercosul. Bem mais do que as 175 milhões de possibilidades das atuais placas com fundo cinza.
Além disso, as novas placas preveem um banco de dados integrado entre os países que adotam o formato, permitindo aos agentes de trânsito e polícias consultarem as informações de determinado veículo, seja ele registrado no Brasil, na Argentina, no Paraguai e no Uruguai. O Denatran informa que esse sistema já está operante.
O padrão Mercosul também deixa de adotar o lacre, substituído pelo QR Code - código bidimensional que permite consultar os dados veiculares, bem como rastrear a produção de determinada placa, com o objetivo de prevenir clonagens. O QR Code pode ser lido por meio do aplicativo Vio, que tem download gratuito para dispositivos Android e iOS.
Para completar, a cor dos caracteres muda de acordo com a categoria do veículo:
+Preta -- carro particular
+Cinza -- veículo antigo de coleção
+Vermelha -- comerciais ou de aprendizagem
+Amarela -- diplomático ou consular
+Verde -- especial (como protótipos de testes)
+Azul -- veículos de órgãos oficiais
Placa Mercosul ficou mais simples
A quarta e mais recente versão da placa Mercosul passou a valer no dia 26 de agosto de 2019, quando entraram em vigor as novas regras do Contran para o padrão de identificação veicular.
Na atualização, realizada por meio da Resolução 780, a chapa Mercosul deixou de trazer duas características visuais criadas para prevenir clonagens e falsificações: as palavras "Brasil" e "Mercosul" com efeito refletivo, semelhante a um holograma, aplicadas sobre os caracteres e na borda externa; e as chamadas ondas sinusoidais, grafadas no fundo branco do equipamento.
As inscrições passam a vir na mesma cor dos caracteres, praticamente desaparecendo.
Desde a estreia, o novo padrão de identificação veicular passou por outras modificações visuais, sempre relacionadas a itens de segurança e com a alegação, de parte do governo federal, de redução nos custos de fabricação e, consequentemente, nos preços ao consumidor final.
A primeira delas aconteceu em setembro de 2018, por meio da Resolução 741, que retirou o lacre, utilizado até hoje na placa cinza e substituído pelo QR Code - que permite rastrear todo o processo de produção da placa.
Em novembro do mesmo ano, outra resolução (748) do Contran determinou a exclusão da bandeira do Estado e do brasão do município de registro do veículo.
A placa Mercosul é mais segura?
Conforme UOL Carros já comprovou, a simplificação da placa, associada à falta de controle de processos de fabricação e venda, tem resultado em uma série de relatos de clonagens e falsificações do dispositivo.
Na Bahia, por exemplo, funcionários de empresas estampadoras foram flagrados recentemente vendendo a placa Mercosul no meio da rua - uma prática irregular.
Em julho de 2019, a Polícia Civil de São Paulo prendeu na capital paulista dois homens "por integrarem quadrilha especializada em vendas de carros de procedência ilícita para o crime organizado". Com eles, havia dois veículos roubados no Rio de Janeiro e que estavam à venda, por preço muito inferior ao de mercado, com placas no padrão Mercosul clonadas.
Também já noticiamos casos de venda de "réplicas" em um site de classificados.
Em contato com a reportagem, o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) afirma que "não procede a informação de que a clonagem da nova placa é mais fácil. Com a nova placa, a clonagem é dificultada, justamente por conta do QR Code, com o qual é possível identificar imediatamente a situação da placa [placa original, placa extraviada ou placa falsa]".
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