Mudou mesmo? Por que HB20 e Sandero não estão de verdade em novas gerações
A Hyundai gosta de ressaltar que o HB20 lançado no fim de 2018 é uma nova geração. Até o nome comercial do carro foi alterado para deixar claro o caráter de novidade do modelo.
Só que existe um pequeno detalhe que passa despercebido por muita gente: o HB20 mudou muito, mas preserva a plataforma de seu antecessor.
É por isso que, tecnicamente, não se trata de uma nova geração. E ele não está sozinho: o mesmo também acontece com o Renault Sandero.
HB20: evolução sem mudar tudo
Bom ressaltar que não estamos criticando a manutenção da plataforma nos dois casos. Pelo contrário: além de ser uma boa maneira de cortar custos e agilizar o desenvolvimento do produto, as bases utilizadas ainda são competitivas.
No caso do HB20, o carro até ganhou itens de segurança até então inexistentes, incluindo frenagem autônoma de emergência - item exclusivo em sua categoria.
Manter a base não impede que a fabricante altere as dimensões. O novo HB20 ficou maior e mais espaçoso por dentro. Frente ao seu antecessor, ele teve a distância entre-eixos ampliada em 20 mm (agora é de 2,53 m), 20 mm mais longo (3,94 m) e 20 mm mais largo (1,47 m). Apenas a altura de 1,47 metro foi preservada.
Sandero: mudanças mais sutis
O Sandero segue o exemplo do HB20, mas em menor dose. Isso porque o compacto da Renault não sofreu uma reformulação tão radical no design de um modelo para outro. A frente teve alterações sutis nos faróis e grade, enquanto a traseira ganhou lanternas com prolongamentos funcionais que invadem a tampa do porta-malas.
O modelo, aliás, preserva a base do primeiro Sandero lançado em 2008. As diferenças daquele modelo para o lançado em 2014, porém, eram mais expressivas. Praticamente todas as peças externas foram substituídas e até as portas foram trocadas. Mas a plataforma sempre foi a mesma.
Gerações
A estratégia de rebatizar modelos reestilizados como "novas gerações" não é nova, mas ficou bastante popular a partir dos anos 2000 com a Volkswagen.
Partiu dela a ideia de identificar comercialmente as reestilizações do Gol lançadas em 1999 e 2005 como "Geração III" e "Geração 4", respectivamente. As mudanças não passavam de facelifts, que traziam novos faróis e lanternas, além de novos interiores.
Todo o resto foi mantido do mesmo jeito desde 1994, quando o veterano Gol foi substituído por um modelo de linhas mais arredondadas, que ficou popularmente conhecido como "Bolinha" - ou "G2", como prefere a VW.
Apenas em 2008 é que a base do compacto foi definitivamente aposentada em prol da plataforma PQ-24, oriunda do Polo e que continua em linha com o Fox.
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