HB20 ou i20? Compare versão brasileira com 'primo' que ele poderia ter sido
Espécie de "primo europeu" do nosso HB20, o Hyundai i20 tinha o lançamento mundial marcado para o início de março, durante o Salão de Genebra, na Suíça. Mas a mostra automotiva foi cancelada em razão dos temores de uma contaminação em massa pelo coronavírus. Mesmo assim, já temos algumas informações sobre o carro que poderia ter vindo para o Brasil.
Poderia, mas não virá. A marca sul-coreana optou por uma solução mais barata para o mercado brasileiro: fazer uma reestilização no nosso velho conhecido HB20. Aqui, a Hyundai tem a missão de brigar com hatches compactos como Chevrolet Onix, Ford Ka e VW Polo, com um produto rentável e de grande volume, que não poderia sofrer um grande salto de preço em sua renovação.
Já na Europa, a marca entrega um produto mais sofisticado, com itens de segurança e equipamentos ausentes por aqui e até uma variante híbrida leve. O i20, em sua terceira geração, chegará às concessionárias na metade do ano. Vamos comparar os dois hatches compactos e ver como são diferentes.
Os dois carros seguem a nova identidade da marca, mas com resultados bem diferentes. Só o formato das grades frontais é parecido. O i20 ficou com aspecto mais agressivo e parrudo, enquanto o HB20 é mais suave e arredondado. Parte dessa impressão se justifica pelas dimensões: o carro europeu é maior. São 10 cm a mais no comprimento, 3 cm a mais na largura e 5 cm extras entre os dois eixos. O porta-malas também ganha: 351 litros, ante 300 do primo brasileiro.
Atrás, os formatos das novas lanternas também ousaram sair do lugar-comum. Mas enquanto as peças do i20 parecem setas, unidas por uma espécie de cordão horizontal de LED, as do HB20 parecem bumerangues invertidos, em um resultado que leva certo tempo para ser assimilado.
É no recheio de equipamentos, porém, que as diferenças são mais gritantes. Entre os conteúdos exclusivos do modelo europeu, estão controle de velocidade de cruzeiro adaptativo com assistente de permanência em faixa, sensor de ponto cego, aviso de colisão frontal com detecção de pedestres, alerta de tráfego cruzado na traseira e, como opcional, assistente de estacionamento. Há seis air bags de série (no Brasil, são apenas dois, e quatro a partir da versão Diamond) e a frenagem automática de emergência é item de série (enquanto no Brasil está limitada à variante Diamond Plus).
Olhando os dois painéis lado a lado, dá para notar que o HB20 é mais simples por dentro que o i20 (que tem uma tela central bem maior, por exemplo), embora o modelo tenha dado um salto de qualidade em relação ao anterior. Os instrumentos mesclam mostradores digitais e analógicos, recurso que curiosamente o rival Onix abandonou; já o i20 tem um layout mais convencional de instrumentos.
Em termos de motor e câmbio, i20 e HB20 têm algo em comum: ambos usam o motor 1.0 T-GDI de três cilindros em suas versões de topo, com 120 cv. Mas as gamas se completam de forma diferente: o i20 oferece um motor 1.2 MPI aspirado de quatro cilindros e 84 cv, enquanto o HB20 usa um 1.0 de três cilindros e 80 cv.
Nas opções sem pedal de embreagem, porém, vantagem para o HB20: ele usa um câmbio automático convencional, com conversor de torque (mais robusto e de manutenção mais barata), enquanto o i20 é equipado com uma caixa automatizada de dupla embreagem.
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