Álcool em gel pode fazer motorista ser pego no bafômetro? Veja o teste
Um vídeo que mostra uma suposta influência do uso do álcool em gel no teste do bafômetro viralizou nesta semana e gerou dúvidas pelas redes sociais. Nas imagens, um teste realizado em equipamento de uso individual e descartável, que pode ser comprado na farmácia, dá positivo após a limpeza das mãos do motorista.
Foi o suficiente para que, em poucas horas, a mensagem se espalhasse em vários grupos de WhatsApp e em dias chegasse a todos os Estados do país.
Acontece que a polícia utiliza equipamentos diferentes de medição, bem mais precisos que o usado no vídeo que viralizou, para aferir se um motorista dirigiu ou não sob efeito de álcool. Estes aparelhos são dispositivos homologados e os únicos capazes de gerar prova e todas as punições previstas em Lei (multa, suspensão da CNH e até a prisão em flagrante).
Para tirar a prova, a Polícia Rodoviária Federal reproduziu o teste em um vídeo (assista acima), utilizando os dispositivos usados em blitz. A conclusão é que você não será multado ou irá perder a sua carteira de habilitação por ter usado álcool em gel nas mãos.
Vale lembrar também que mesmo quando é acusado álcool no sangue do motorista, esse tem por direito e por metodologia a contraprova, que nada mais é do que realizar o teste mais uma vez.
Entenda como funciona a fiscalização
O primeiro dispositivo usado no vídeo do teste da PRF é o Alcolizer, que pode funcionar no modo passivo (com o ar do ambiente) ou ativo (com a pessoa soprando o bocal). Este aparelho é usado como triagem nas operações.
Se alguém testar positivo nele, por procedimento (se a pessoa quiser, senão é autuada pela recusa) terá de realizar teste no outro aparelho: O AlcoSensor IV, que é o etilômetro "oficial".
Este modelo é homologado pelo DENATRAN e cada unidade do equipamento tem de ser periodicamente aferida pelo INMETRO. Sem esses dois requisitos, não se pode fazer autuação por dirigir sob efeito de álcool.
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