Tracker tem lançamento virtual devido a coronavírus; veja detalhes do carro
Em 2019, o Chevrolet Tracker, então importado do México, foi apenas o 11º SUV mais vendido do Brasil, somando pouco mais de 16,3 mil emplacamentos - ou 1/4 das vendas do líder Jeep Renegade no período.
Com a chegada da nova geração, fabricada em São Caetano do Sul (SP) sobre a mesma base de Onix e Onix Plus, a expectativa da General Motors é bem mais ambiciosa: chegar à liderança.
Maior, mais tecnológico e disponível em um volume bem maior do que quando era importado, o novo Tracker 2020 chegou às concessionárias há cerca de uma semana, com preços sugeridos entre R$ 82 mil e R$ 112 mil, distribuídos em cinco versões, com duas opções de motor - sempre turbo - e duas de câmbio.
O Tracker também estreia uma inédita versão específica para clientes PCD, que sai por R$ 56.877, incluindo todas as isenções fiscais, e que no lançamento virá mais equipada e com pintura metálica grátis.
Em relação às versões convencionais, os preços são bastante agressivos. Resta saber por quanto tempo eles serão mantidos pela GM.
Por conta do coronavírus, a apresentação da novidade para a imprensa especializada, que seria realizada presencialmente na capital paulista, aconteceu na manhã de hoje via streaming. Devido ao mesmo motivo, ainda não foi possível ver o carro ao vivo nem dirigi-lo, o que UOL Carros fará em breve.
Preços, conteúdo das versões e especificações técnicas já eram conhecidos, pois o SUV compacto chegou antes do previsto aos showrooms da rede autorizada. Pode-se dizer que o Tracker 2020 é a versão SUV do novo Onix, trazendo até mais do que as novidades introduzidas no fim do ano passado pelo hatch compacto - carro mais vendido do Brasil há cinco anos consecutivos.
Novo motor 1.2 turbo
Nas opções mais baratas, motor e câmbio são os mesmos do Onix, porém com calibragem específica: 1.0 turbo flex de três cilindros, com injeção indireta e 116 cv a 5.500 rpm e 16,3/16,8 kgfm a 2.000 rotações - gerenciado por transmissão manual ou automática de seis marchas. De acordo com a General Motors, com ele o Tracker 2020 acelera de zero a 100 km/h em 10,9 segundos.
As versões mais caras vêm com o inédito 1.2 turbo, também com três cilindros, bicombustível e igualmente com injeção indireta. Ele rende 132/133 cv e 21,4/19,4 kgfm a 2.000 rpm, sempre acompanhado de câmbio automático.
A partir da versão LT 1.0 (R$ 89.900) e também na PCD, o modelo tem sistema start-stop, ou seja, é desligado automaticamente em paradas rápidas para poupar combustível. A General Motors afirma que os dois motores são os mais econômicos do segmento de SUVs compactos.
De acordo com a montadora, o novo Tracker é o SUV flex com menor consumo do mercado. A empresa informa médias de 14,8 km/l (gasolina) e 10,4 km/l (etanol) com o motor 1.0 e câmbio manual no ciclo rodoviário. Com o mesmo conjunto, na cidade, são 13 km/l e 9 km/l, respectivamente.
Com mesmo motor e transmissão automática, o consumo informado para a estrada é de 13,7 km/l com o derivado do petróleo e de 9,6 km/l com o combustível de origem vegetal. Na cidade, são 11,9 km/l e 8,2 km/l.
Já o novo propulsor 1.2 turbo flex, sempre gerenciado pela transmissão automática, rende na estrada 13,5 km/l com gasolina e 9,4 km/l com etanol. Na cidade, as respectivas médias informadas são de 11,2 km/l e 7,7 km/l. Os dados são do Inmetro.
Vale lembrar que o Tracker deixa de ser oferecido com o motor 1.4 turbo flex que equipa o Cruze e rende 150/153 cv a 5.200 rpm e torque de 24/24,5 kgfm a 2.000 rotações.
Quanto ao interior, o painel de instrumentos é praticamente idêntico ao do novo Onix, mas a tela de 3,5 polegadas do computador de bordo é colorida. Além disso, a fabricante informa que o painel foi deslocado 7 graus na direção do motorista e levemente rebaixado, para dar a sensação de "domínio da direção" ao motorista - aquela posição mais elevada de dirigir tão apreciada em SUVs.
Pelas fotos, pois ainda não tivemos a chance de ver o carro ao vivo, o acabamento é um pouco mais refinado do que o do Onix. Ainda tem profusão de plásticos rígidos, mas, ao menos na configuração de topo, a seção central traz material macio na cor azul escura, com costuras duplas, também presente nos bancos e nos painéis das portas - que contrasta com a cor preta do restante da cabine.
Seis airbags e 4G dedicado
Quanto aos equipamentos, o Tracker é bem recheado: como o Onix, traz desde a versão de entrada seis airbags, mais controles de tração e estabilidade com assistente de partida em rampa, vetorização de torque, Isofix, luzes de posição de LEDs, rodas de liga leve de 16 polegadas, rack de teto, sensores traseiros de estacionamento, volante multifuncional e chave canivete com abertura e fechamento das portas a distância.
Porém, o grande diferencial é a central multimídia MyLink com tela tátil de oito polegadas, dotada de internet 4G dedicada, roteador Wi-Fi e sistema de atendimento remoto OnStar, como na família Onix e no Cruze - os pacotes de dados da Claro são pagos à parte, em planos com preços de R$ 29,90 (2 GB) a R$ 84,90 (R$ 20 GB). Somente a configuração PCD não é oferecida com o 4G, mas traz a central.
Nas versões mais completas, a coisa fica ainda mais interessante. Desde a configuração LT, o utilitário esportivo vem de fábrica com chave presencial, partida do motor por botão e controlador de velocidade de cruzeiro.
Frenagem automática e porte maior
A opção LTZ 1.2 (R$ 99.900) acrescenta alerta de ponto cego.
Já na configuração topo de linha Premier 1.2 (R$ 112 mil) o lançamento agrega de série dois itens inéditos na sua categoria: alerta de colisão e frenagem automática de emergência - que só detecta veículos e funciona até 80 km/h. Também oferece ar-condicionado digital automático de uma zona, teto solar panorâmico, sistema de estacionamento semiautônomo, faróis full-LED e sensores de estacionamento dianteiros, laterais e traseiros.
Quanto ao tamanho, o novo Tracker mede 4,27 m de comprimento (+ 1 cm em relação ao modelo mexicano), 1,79 m de largura (+ 1 cm), 1,62 m de altura (- 6 cm), 2,57 m de distância entre-eixos (+ 2 cm) e 393 litros de porta-malas (+ 87 litros).
Ficha técnica
Preços: de R$ 82 mil a R$ 112 mil
Motores: 1.0 turbo flex de três cilindros, com injeção indireta / 1.2 turbo flex, com injeção indireta
Câmbio: manual ou automático de seis marchas, tração dianteira
Potência: 116 cv a 5.500 rpm (1.0) / 132/133 cv a 5.500 rpm (1.2)
Torque: 16,3/16,8 kgfm a 2.000 rpm (1.0) / 21,4/19,4 kgfm a 2.000 rpm
Consumo com motor 1.0 e câmbio manual (urbano / rodoviário): 9 km/l (etanol) e 13 km/l (gasolina) / 10,4 km/l (etanol) e 14,8 km/l (gasolina)
Consumo com motor 1.0 e câmbio automático (urbano / rodoviário): 8,2 km/l (etanol) e 11,9 km/l (gasolina) / 9,6 km/l (etanol) e 13,7 km/l (gasolina)
Consumo com motor 1.2 e câmbio automático (urbano / rodoviário): 7,7 km/l (etanol) e 11,2 km/l (gasolina) / 9,4 km/l (etanol) e 13,5 km/l (gasolina)
Aceleração de zero a 100 km/h: 10,9 segundos (motor 1.0)
Dimensões: comprimento, 4,27 m; altura, 1,62 m; largura, 1,79 m; distância entre eixos, 2,57 m
Pesos em ordem de marcha: 1.196 kg (1.0 MT) / 1.228 kg (1.0 AT) / 1.233 kg (Turbo AT 1.2) / 1.248 (1.2 LTZ) / 1.271 (1.2 Premier)
Volume do porta-malas: 393 litros
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