VW Fox mais seguro é adiado para maio; hatch sai de linha na Argentina
O Volkswagen Fox acaba de sair de linha na Argentina, que importava o compacto do Brasil. Aqui, a montadora afirma que não há planos de encerrar sua produção no momento.
Porém, o modelo vai atrasar a oferta de cintos de segurança de três pontos, Isofix e encosto de cabeça para todos os assentos - obrigatórios para os veículos importados ou fabricados localmente a partir deste ano.
Conforme o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba informou a UOL Carros, o início da fabricação do Fox com esses itens de segurança na unidade de São José dos Pinhais (PR) estava programado para o início de abril. No entanto, teve de ser adiado por conta das férias coletivas em todas as fábricas da VW no País, que irão se estender pelo menos até o fim do próximo mês.
De acordo com Jamil Davila, secretário geral do sindicato, a produção do Fox foi intensificada no fim do ano passado para compensar a parada de três meses na linha paranaense, como objetivo de adaptá-la para fabricar o modelo com os equipamentos obrigatórios.
"Já sabíamos que haveria essa parada. A Volkswagen chegou a fazer protótipos do Fox com os novos itens, mas foram apenas unidades de validação e testes. A produção seriada começaria em abril", afirma o sindicalista.
Davila acrescenta que foi fabricado em Pinhais um volume de 9.000 a 10 mil unidades extras para abastecer o mercado durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2020.
Consultando o site comercial da VW, de fato, as duas versões do Fox seguem disponíveis com cintos de três pontos traseiros apenas nas posições laterais - no assento traseiro central, o dispositivo ainda é do tipo abdominal. O modelo também ainda não conta com Isofix.
No ano passado, o Fox teve 38.487 exemplares comercializados e foi o 19º carro de passeio mais vendido do Brasil. De janeiro a fevereiro desse ano, soma 5.141 vendas.
Consultada pela reportagem, a Volkswagen respondeu que "o modelo Fox continuará à venda no mercado brasileiro, atendendo plenamente a legislação vigente".
Pode vender carro sem os itens obrigatórios?
Marco Fabrício Vieira, conselheiro do Cetran-SP (Conselho Estadual de Trânsito de São Paulo) e autor do livro "Gestão Municipal de Trânsito", esclarece que tanto a Volkswagen quanto outras marcas podem seguir vendendo veículos sem os dispositivos obrigatórios enquanto durarem os estoques, desde que tenham sido fabricados ou importados antes da data-limite de 30 de janeiro de 2020.
Essa data, explica o especialista, foi definida pela Resolução 518 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), segundo a qual a obrigatoriedade passaria a valer cinco anos após sua publicação no Diário Oficial da União - que aconteceu em 30 de janeiro de 2015.
"Eu entendo que não pode fabricar veículo sem os novos itens obrigatórios a partir da data mencionada, mas nada impede de vendê-lo. Como o Contran teria controle disso?
Em relação a automóveis importados, diz Veira, os modelos trazidos de outros países após 30 de janeiro podem ser importados sem os equipamentos, mas terão de ser adaptados para recebê-los antes da venda, sob pena de sua venda ser irregular. "Essa situação já aconteceu no passado, na transição do cinto abdominal para o de três pontos nos demais assentos".
Como ficam Gol, Voyage, Saveiro e Up?
Além do Fox, Gol, Voyage, Saveiro e Up são os demais modelos da marca que também não dispunham dos equipamentos que passaram a ser obrigatórios.
No site da marca, Gol, Voyage e Saveiro já incluem na lista de itens de série o terceiro cinto de três pontos no banco de trás, bem como o respectivo apoio de cabeça - porém, não há menção aos ganchos Isofix.
Por sua vez, o Up, que já era vendido com o sistema de ancoragem de assento infantil, agora está disponível com apenas quatro lugares, como o modelo europeu, perdendo a posição central no banco traseiro. Para tal, teve de passar por nova homologação, segundo apurou a reportagem.
Segundo disse uma fonte, Gol e Voyage já estão sendo produzidos desde janeiro segundo as novas especificações de segurança na unidade de Taubaté (SP), sem mencionar a ausência do Isofix. "Não houve necessidade de parada para adequar a produção", afirmou.
Já a Saveiro é feita em São Bernardo do Campo (SP) - ainda não obtivemos retorno do respectivo sindicato quanto à sua produção.
Questionada sobre a situação desses quatro modelos, a Volkswagen ainda não se pronunciou.
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