Coronavírus atrasa produção e vinda do novo Nissan Versa ao Brasil
Deveria ter começado na última segunda-feira, 30, a produção do novo Versa destinado ao mercado brasileiro. Contudo, a famigerada crise do coronavírus obviamente interrompeu os planos da Nissan também na fábrica de Aguascalientes, no México, berço do sedã. Ao menos até dia 15, para quando está previsto o reinício da atividade fabril por lá.
Inicialmente prevista para junho, a estreia do novo Versa por aqui deve ocorrer na melhor das hipóteses em julho. Isso se a paralisação global nas fábricas de veículos não se estender.
Maior em todas as dimensões, o novo Versa também virá mais equipado. Entre os equipamentos que nascem com o sedã - nem todos confirmados para o Brasil - estão os alertas de ponto cego, colisão frontal e e tráfego cruzado, câmera de visualização de 360 graus quando se engata a ré e controle de velocidade de cruzeiro.
Além de mais bonito e confortável, o Versa também cresceu. Quase nada no comprimento - de 4,492 para 4,495 metros -, mas significantes 2 cm no entre-eixos (agora de 2,62 m), 5 cm na largura (1,74 m) e 22 litros no porta-malas (482 litros).
É o mais comprido, o que lhe confere certa imponência e um quê de médio. Supera por pouco o Virtus, justamente o campeão do entre-eixos (2,65 m). Nessa medida, que define o espaço oferecido aos passageiros de trás, o Versa é o terceiro, atrás também do Renault Logan.
Na largura, que diz respeito ao espaço para ombros e braços, o Versa é o segundo mais amplo, abaixo novamente do rival da Volkswagen. No porta-malas, o Nissan acomoda menos do que Virtus, Renault Logan e Fiat Cronos, este o mais acolhedor de bagagens, com 525 litros.
Um alinhamento de nomes para os mercados latino-americanos mudará a nomenclatura de configurações para o novo Versa, que será oferecido em três ou quatro versões, que atenderão por (em ordem hierárquica) Sense, Advance e Exclusive.
UOL Carros já dirigiu o novo Versa e gostou do rodar confortável, sereno e silencioso do modelo. No tráfego urbano, o 1.6 16V de 120 cv e 15,2 kgfm de torque - números que devem mudar no carro exportado para o Brasil, onde será bicombustível - até que deslancha facilmente. O acelerador é sensível à menor pisada e o câmbio do tipo CVT está sempre pronto. Difícil criticá-lo no uso urbano.
Mas, na estrada, a ausência do turbo - que vem dominando seu segmento - pede mais atenção ao motorista ao calcular ultrapassagens. A partir dos 110, 120 km/h, a dupla motor e câmbio perde fôlego e o ponteiro do velocímetro demora a alcançar os números seguintes.
Ao menos a direção não é insossa e as suspensões garantem o equilíbrio entre firmeza em prol da estabilidade e maciez para benefício do conforto.
Na cabine, o Versa empresta do Kicks o acabamento esmerado, os bancos confortáveis e o volante de boa pega e de fácil entendimento dos controles do rádio e do computador de bordo.
Pena que sua estreia vai atrasar.
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