Fiat Strada prova que utilitário "velhinho" vende bem; veja mais exemplos
Resumo da notícia
- Picape é campeã de vendas mesmo sem mudar há mais de 20 anos
- Robustez, ampla rede Fiat e preço são pilares do sucesso da Strada
- Kombi, Fiorino e Pampa também colheram bons frutos com mesma receita
A Fiat já anunciou que a velha Strada não sairá de linha mesmo com a chegada da nova geração.
A veterana segue nas ruas na versão de entrada Working, conforme anunciado pelo próprio presidente da Fiat América Latina, Antonio Filosa.
Sobram bons motivos para justificar a decisão: além de ser um projeto que já foi "pago" há anos (ou seja, os custos de desenvolvimento já foram financiados pelas ótimas vendas), a Strada é um dos maiores sucessos da história da Fiat.
Mesmo com mais de 20 anos nas costas, a picape ainda lidera com folga o segmento de picapes leves - e o domínio só deve aumentar com a estreia da nova Strada.
"Não tem muito segredo: é um produto robusto amparado por uma ampla rede de concessionários. Além disso, grande parte das vendas é realizada na modalidade de venda direta com certas isenções", lembra Milad Kalume Neto, gerente de desenvolvimento de negócios da Jato Dynamics, consultoria especializada no setor automotivo.
Porém, a Strada não é uma exceção no segmento de utilitários. Ao longo das décadas, vários modelos veteranos permaneceram em linha por muitos anos por suas virtudes. UOL Carros relembra a trajetória de alguns "velhinhos" que pegavam pesado no trabalho a seguir.
Kombi, mas pode chamar de Highlander
Tenho certeza que, tão logo você começou a ler este texto, imediatamente pensou em um nome: Kombi. A perua permaneceu em linha por longos 56 anos sem mudanças no projeto original.
Apenas pequenas atualizações no design foram realizadas no modelo vendido no Brasil. E sempre com muito atraso em relação a Europa, já que a geração vendida no mercado brasileiro saiu de linha por lá já nos anos 70.
A supremacia chegou a ser ameaçada nos anos 90 com a chegada das vans coreanas. Kia Besta e Asia Towner e Topic traziam projetos mais modernos, motorizações mais potentes e maior espaço interno.
Porém, nenhuma das qualidades foi suficiente para destronar a veteraníssima Kombi, que levava a melhor pela confiabilidade mecânica (o motor a ar do Fusca permaneceria em linha até 2005) e pela melhor relação custo-benefício, já que a Kombi custava bem menos do que suas concorrentes importadas da Ásia.
Somente em 2014 é que a Kombi deixou de ser produzida por não atender as leis que exigiam airbag duplo e freios ABS em todos os carros novos fabricados no país. Houve até uma "despedida" na forma de uma série especial chamada "Last Edition", que trazia pintura em dois tons (como as antigas peruas) e vários detalhes com inspiração no passado.
Mesmo depois do adeus, várias Kombis ainda rodam bravamente por aí, quase sempre fazendo aquilo que sempre soube fazer: trabalhar, Feirantes, motoristas de peruas escolares e pequenos empresários estão entre os maiores fãs da perua.
Fiorino: menor, mas bem espaçosa
A Fiat foi uma das várias marcas que tentaram encerrar (sem sucesso) o reinado da Kombi. A Fiorino estreou em 1977, quando ainda era baseada no 147 City.
Foram 11 anos longos anos em linha até a estreia de uma nova geração em 1988. Agora baseado no Uno, o furgão ganhou mais fôlego e se popularizou como alternativa mais acessível e confiável à van da Volkswagen. O modelo resistiu até 2013, quando foi substituído por uma Fiorino inspirada na segunda geração do Uno. Ambos ainda são produzidos pela Fiat.
Pampa: líder nos anos 80
Muito antes da Strada, a Ford liderou o segmento de picapes leves. A Pampa estreou em 1982 com base no Corcel II para enfrentar a Fiat 147 City. A plataforma do Corcel foi profundamente modificada para suportar 600 quilos de carga: a distância entre eixos aumentou de 2,44 para 2,58 metros e a altura livre do solo cresceu 3 cm.
Pneus maiores foram adotados e a suspensão traseira era do tipo feixe de molas, muito mais indicada para o trabalho pesado. Motor era o mesmo 1.6 do restante da linha, enquanto o câmbio de cinco marchas teve relações modificadas.
De tão focada no trabalho, a Ford inovou em 1984 com o lançamento de uma inédita versão com tração nas quatro rodas. A Pampa 4x4 trazia caixa de transferência, eixo rígido na traseira e roda livre automática. A tração integral era acionada por uma alavanca à direita da manopla do câmbio de quatro marchas. A tração era dianteira na maior parte do tempo, sendo que a tração traseira era acionada por engrenagem.
Poucas mudanças visuais foram realizadas na Pampa ao longo dos anos. Durante a Autolatina, mal sucedida aliança firmada com a Volkswagen no fim dos anos 80, a picape ganhou motorizações da família AP. A Pampa saiu de linha em 1997 com mais de 350 mil unidades vendidas. Sua sucessora, a Courier, jamais repetiu o sucesso da antiga picape.
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