Voluntários da GM aproveitam fábricas paradas para consertar respiradores
Resumo da notícia
- Funcionários da GM tiveram redução salarial, mas voluntários estão recebendo normalmente
- VW, que também repara aparelhos, promete compensação salarial até fim do ano
- Montadoras foram treinadas por profissionais do Senai para realizar reparos
Com as produções paralisadas por conta do coronavírus, trabalhadores da indústria automotiva estão se unindo para consertar respiradores de forma voluntária.
É o que acontece na General Motors, onde mais de 65 empregados voluntários participam das atividades nas fábricas de Gravataí (RS), Joinville (SC), São Caetano do Sul (SP) e São José dos Campos (SP).
A GM informou que os funcionários que se dispuseram a consertar os respiradores estão recebendo normalmente, diferente do restante dos empregados que não estão recebendo integralmente seus pagamentos.
Em abril, a montadora anunciou redução salarial de 5% a 25% e suspensão temporária do contrato de trabalho com manutenção do vínculo empregatício, além de diminuição da jornada de trabalho.
A empresa mapeou mais de 3 mil respiradores quebrados por todo o país e está consertando aparelhos. Em abril, a GM afirmou que pretendia "consertar 100% dos aparelhos fazendo a logística de buscar nos hospitais, levar até uma fábrica mais próxima e consertar com a mão de obra técnica voluntária treinada pelo Senai".
"Vamos convidar mais funcionários a se juntar ao grupo conforme a demanda crescer", afirma Carlos Sakuramoto, gerente de Inovação da GM.
Na ocasião, a GM afirmou que inicialmente durariam dois meses, mas podem ser prorrogadas ou canceladas, dependendo da situação da pandemia no país.
VW também reduz salários, mas terá compensação
A General Motors não foi a única montadora a reduzir salários para tentar minimizar os efeitos do Covid-19. A Volkswagen anunciou a redução de 30% dos salários e da jornada de trabalho nas quatro fábricas que mantém no país.
Entretanto, o acordo (que teve a aprovação dos trabalhadores) prevê a compensação de 30% do valor do seguro-desemprego paga pelo governo e um complemento a ser pago pela Volkswagen.
A intenção é que não haja redução no valor líquido dos salários, fazendo com que os empregados recebam 100% do salário líquido, entre o auxílio do governo e a compensação da montadora.
A montadora alemã também está realizando o conserto de respiradores com funcionários voluntários na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Assim como a GM, os empregados passaram por treinamento do Senai para realizar os reparos.
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