Como é o 'carro do futuro' de apenas 3 rodas, um assento e preço de Corolla
O que um carro elétrico com três rodas, apenas um assento e preço de Toyota Corolla tem a ver com o futuro da mobilidade? Para o pessoal da Electra Meccanica, companhia canadense que criou o Solo, tudo.
Medindo apenas 3 metros de comprimento e 1,4 metro de largura, o Solo tem estreia prevista para o fim deste ano nos Estados Unidos.
As reservas já estão abertas no site da respectiva montadora e o preço pode ser considerado alto para um veículo capaz de transportar só uma pessoa: US$ 18,5 mil (cerca de R$ 109 mil no câmbio de ontem).
A título de comparação, um Toyota Corolla, capaz de levar o motorista e quatro passageiros, parte de US$ 19,6 mil (R$ 114,7 mil) no país norte-americano.
Por ser compacto e elétrico, sem emissão de poluentes, o Solo é apontado pela Electra Meccanica como o meio de transporte ideal para deslocamentos urbanos - especialmente nos EUA, onde os compradores de automóveis mantêm predileção por modelos grandes e potentes - não por acaso, há anos as picapes da Série F, da Ford, são os veículos mais vendidos do país.
"Todos os dias, 119 milhões de norte-americanos se deslocam usando carros particulares e 105 milhões deles o fazem sozinhos. Embarque no futuro da condução de veículos. Reduza sua conta com gasolina para zero e elimine seu impacto ambiental", alardeia a empresa.
Conversamos com Bal Bhullar, diretor financeiro da Electra Meccanica, que informou a data de lançamento e disse que há planos futuros para venda em outros mercados, sem mencionar o Brasil.
"O lançamento será no terceiro quadrimestre. Nossas vendas começam nos Estados Unidos antes de expandi-las para outros países", informa.
Nos EUA, o Solo é classificado como motocicleta, apesar de ser equipado com volante. Não traz airbags, obrigatórios se fosse homologado como carro naquele país.
Caso eventualmente venha ao Brasil, onde as bolsas frontais também são mandatórias, não poderá ser comercializado como carro ou moto.
Consultamos o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), responsável pela homologação de veículos para venda no País. O órgão informa que o Solo seria classificado como triciclo aqui.
"Por se tratar de algo que ainda não temos no Brasil, somente poderá ser avaliada a possibilidade de homologação após apresentação de um processo formal junto ao Denatran, com todos os requisitos técnicos do veículo", afirma o departamento.
Como é o Solo
Visualmente, o Solo parece um carro normal, só que cortado pela metade e com teto alto. A traseira é bem estreita, por trazer apenas uma roda, e remete ao Romi-Isetta - o primeiro carro fabricado no Brasil, lançado em 1956.
O Isetta brasileiro também é um carro minúsculo com somente um assento, mas pode levar duas pessoas e tem quatro rodas.
Enquanto no Romi-Isetta você embarca pela única porta dianteira, o Solo traz duas portas laterais, como um automóvel convencional.
Sua cabine traz comodidades comuns a carros convencionais, como ar-condicionado, sistema de som com Bluetooth, vidros e retrovisores elétricos, câmera de ré e câmera de ré. Tem, ainda, painel de instrumentos digital.
Traz chassi de alumínio, enquanto a cabine é protegida por uma estrutura tubular. Poderia ser mais leve, não fossem as baterias: pesa 775 kg.
As rodas de liga leve são de 15 polegadas na frente, enquanto a roda traseira tem aro 16.
Com esse peso e o motor elétrico de 53,7 cv de potência e 13 kgfm de torque, conectado à única roda traseira, o Solo acelera de zero a 96 km/h em cerca de dez segundos - segundo a Electra Meccanica.
É capaz de atingir a velocidade de 129 km/h e tem autonomia de 160 km com uma carga completa das baterias de 17,3 kWh.
Em uma tomada de 220 V, diz a empresa, a recarga de 15% para 90% acontece em 2,5 horas - algo bem razoável. Se a voltagem for de 110 V, porém, são necessárias oito horas para atingir 60% da carga.
Como o motor elétrico é montado juntamente ao eixo traseiro, o veículo tem compartimento de carga tanto na frente quanto atrás.
O Solo será fabricado na China pela Zongshen, marca de motocicletas parceira da companhia canadense.
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