Vale ter carro "fura rodízio"? Veja vantagens e problemas de híbrido usado
Resumo da notícia
- Estreia do Corolla e boas vendas do Prius aumentaram frota de híbridos no país
- Dono de Prius usado diz que carro não deu problemas após 4 anos de uso
- Manutenção deve ser feita apenas em concessionárias e oficinas capacitadas
A estreia do novo Corolla não fez bem apenas para as vendas da Toyota. O sedã ajudou a popularizar (ainda que timidamente) os carros híbridos no país. Fabricado no Brasil, o modelo atualmente é o híbrido mais barato do mercado: R$ 134.990.
Assim, os híbridos se tornam negócios atraentes para quem procura um carro confortável, econômico (o Prius pode fazer mais de 20 km/l na cidade) e, no caso de São Paulo, isento das restrições do rodízio municipal. E parece que muita gente concorda: dados da Anfavea informam que, dos 11.858 veículos híbridos e elétricos novos vendidos no país em 2019, 11.320 foram híbridos.
O aumento na procura também se reflete no mercado de seminovos. Hoje é possível encontrar um Toyota Prius com dois anos de uso por menos de R$ 90 mil. No caso do Fusion existem unidades fabricadas em 2011 por pouco mais de R$ 50 mil.
Parece um negócio tentador, ainda mais considerando que, no caso de São Paulo, este tipo de veículo está isento do rodízio. Diante de tudo isso, fica a pergunta: vale a pena investir em um carro híbrido usado?
Só alegrias
Há quase quatro anos, o fotógrafo Sergio Berezovsky encontrou um Toyota Prius 2013 à venda em Porto Alegre (RS). Mesmo morando em São Paulo, ele pediu a um especialista de confiança para inspecionar o carro, que tinha apenas 13 mil quilômetros rodados. E não se arrependeu da compra.
"Esse carro não me deu problema algum até hoje. Sigo a manutenção religiosamente, até porque a Toyota dá garantia de oito anos para o sistema híbrido. Os preços das manutenções são razoáveis, e eles dizem até que são compatíveis com o de um Corolla da mesma época", afirma.
Berezovsky conta que a rede autorizada dedica atenção especial às baterias, justamente os componentes mais caros do veículo. Elas são testadas a cada nova revisão, mas por enquanto estão em bom estado.
Sorte dele, já que uma bateria nova custa R$ 9.548. Pior seria se o veículo em questão fosse um Ford Fusion Hybrid, já que uma bateria nova custa, pasme, R$ 61.572,73! O valor é mais até do que o pedido por um Fusion híbrido 2011 no mercado de usados, que pode ser encontrado por R$ 55 mil.
O lado bom é que, dependendo do ano de fabricação do veículo, dificilmente o proprietário precisará arcar com o custo - já que, no caso dos dois modelos, a garantia do sistema híbrido é de oito anos.
O fotógrafo diz ainda que o desgaste das pastilhas é mínimo por conta do sistema de frenagem regenerativa e que tem gastos apenas com manutenção preventiva, como trocas de óleo e de filtros.
Cuidado na manutenção!
O problema surge quando você decide "fugir" da rede autorizada para realizar reparos mais complexos. Isso porque a manutenção de um carro híbrido demanda equipamentos específicos que a maioria das oficinas não dispõe.
Fora isso, se você é adepto da filosofia do "faça você mesmo" é bom tomar cuidado na hora de mexer em um veículo híbrido.
"Alguns componentes, como os cabos identificados pela cor laranja, possuem alta tensão. Então qualquer rompimento ou problema de isolamento pode fazer com que uma pessoa sem o conhecimento técnico de manutenção morra eletrocutada", alerta Edson Hashimoto, proprietário da oficina Auto Company.
Por via das dúvidas, fica a dica que vale para qualquer carro: nunca realize qualquer tipo de reparo em locais sem mão de obra especializada. No caso dos híbridos, as consequências podem ser ainda mais graves.
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