Onix, Tracker e SUVs: como a China virou 'salvação' da GM na América do Sul
Resumo da notícia
- Projeto GEM deu origem aos novos Onix, Onix Plus e Tracker
- SUVs são foco principal da GM, com Groove e Captiva
- Parceria com chineses também renderá sucessores de Spin e Montana
Fazia alguns anos que o Chevrolet Onix desfrutava de uma confortável liderança de vendas. Mas poderia ser melhor: outros modelos não acompanhavam o ritmo do hatch ou até precisavam ser renovados para poderem enfrentar a concorrência em condições de igualdade.
Foi aí que a empresa recorreu a um importante parceiro em sua estratégia comercial global: a China.
A ajuda chinesa foi essencial no desenvolvimento da nova plataforma de modelos compactos da Chevrolet, conhecida pelo acrônimo GEM - de "Global Emerging Markets", ou algo como "Mercados Emergentes Globais", em tradução livre. A partir desse projeto é que nasceram (até agora) as novas gerações de Onix, Onix Plus e Tracker. E ainda vem mais por aí.
A última cartada dessa "parceria" com a China é o Groove, um SUV compacto que a Chevrolet deve vender em alguns mercados da América do Sul, como Argentina e Chile.
Há quem diga, inclusive, que seria esse o "modelo de alto valor agregado" que seria fabricado em solo argentino - e ao qual a GM se refere constantemente em seu planejamento naquele país.
Base do antigo Tracker
O Groove nada mais é do que uma versão da Chevrolet do Baojun 510, que é feito sobre a plataforma do antigo Tracker. Lançado em 2016, ele foi reestilizado no ano passado. Tem 4,22 m de comprimento, 1,74 m de largura, 1,62 m de altura e 2,55 m de distância entre eixos.
O motor será um 1.5 aspirado de 105 cv e torque máximo de 13,8 kgfm de torque, associado a dois tipos de transmissão: manual de seis marchas ou CVT simulando oito velocidades.
Dependendo da versão, o Groove virá com quatro airbags, controles de estabilidade e de tração, central multimídia com tela de oito polegadas, teto solar panorâmico, faróis em LED, teto-solar panorâmico e assistente de partida em rampas.
Lembra dele?
Se por aqui ele seria posicionado abaixo do Tracker, como uma opção mais barata de SUV, em outros mercados da América do Sul o Groove fica abaixo de um "velho conhecido" dos brasileiros.
O Captiva é vendido em sete países do continente (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai) e é baseado em outro SUV chinês. O Baojun 530 foi lançado por lá em 2017 e pouco tempo depois ganhou uma versão Chevrolet.
Apesar da possibilidade de reviver um nome que ficou tão famoso por aqui (o Captiva foi vendido no Brasil de 2008 a 2016), a fabricante descartou sua vinda por entender que o modelo não traz um nível de requinte compatível com o que a empresa oferece no país. Atualmente, a GM é representada neste segmento pelo Equinox.
Outros projetos
Mas não são apenas nos SUVs que a Chevrolet aproveita a parceria chinesa.
A fabricante prepara a chegada de um inédito crossover para substituir a Spin. A minivan foi lançada em 2012 para preencher a lacuna deixada pela adorada Zafira e logo se tornou um dos modelos preferidos de taxistas, frotistas e famílias numerosas.
No entanto, a GM decidiu "transformá-la" em um crossover com características de SUV, sabendo que o mercado abraçou de vez os utilitários esportivos. Se tudo correr bem, o modelo deve estrear em 2021.
Além disso, a marca também desenvolve uma nova picape para aposentar a Montana. O projeto, que ainda é segredo absoluto nos corredores da empresa, seria de uma picape de porte intermediário e com cabine dupla. A ideia seria concorrer com Fiat Toro, Renault Duster Oroch e a futura Volkswagen Tarok.
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