Veículos seminovos com até 2 anos de uso valorizam em crise, diz estudo
Com o Brasil vivendo instabilidade e incerteza econômica devido à pandemia do novo coronavírus, o setor automotivo tem sofrido grandes e inéditas perdas recentemente. No entanto, a faixa de carros seminovos com até dois anos de uso acabou se valorizando em meio à quarentena, de acordo com um estudo feito pela Kelley Blue Book Brasil.
A tendência foi observada após um levantamento feito com 22.440 versões de veículos divididos em dez categorias diferentes. Inclusive, modelos importantes, como Ford Ka SE Plus 1.0 2018 e Chevrolet Onix Plus LTZ 1.0 Turbo AT6, ficaram até acima da curva de variação e obtiveram, respectivamente, 10% e 27% de acréscimo no último mês.
No mês de abril, carros hatch tiveram alta de 2,25% em média, com sedãs subindo em 1,69% e picapes em 1,66%. Veículos para trabalho valorizaram mais, com 6,44% para minibus e 3,27% para furgões. Os SUVs ficaram contra a maré e tiveram uma pequena queda em 0,13%.
Segundo o estudo, isso pode ser explicado pelos consumidores que estavam prontos para comprar carros novos, mas que devido à crise preferiram adquirir veículos seminovos pela relação de custo e benefício. Ao mesmo tempo, veículos com mais de quatro anos acabam desvalorizando para cumprir obrigações de caixa.
Também, como de hábito, veículos com dois anos de uso que compartilham geração com os 0 km também tendem a ver um aumento de preço.
Em termos de comerciais leves, a alta é explicada pelos serviços de logística e entrega que conseguem ainda funcionar mesmo com a pandemia.
Falando de carros novos, a KBB Brasil informa que a tendência é de que os modelos vejam um aumento do preço devido à cotação do dólar, atualmente próxima dos R$ 6. Ainda assim, nesta primeira fase da pandemia, algumas montadoras e concessionárias conseguiram trazer descontos em uma tentativa de manter as vendas aquecidas, o que depreciou os valores de alguns modelos 0 km até o fim de abril.
No mês de abril, o preço de hatches e sedãs 0 km desceu em 2,86% e 2,70% na média, respectivamente. Já as picapes tiveram queda de 3,03%. Por outro lado, furgões tiveram valorização de 11,08% e SUVs de 0,19%. Não houve variação para minibus.
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