Renault vira referência estratégica em aliança com Nissan na América do Sul
Resumo da notícia
- Novo planejamento estratégico põe Renault como referência na América do Sul
- Aliança vai fazer apenas uma plataforma em duas fábricas no segmento B
- Intenção é reduzir custos de investimento em até 40% em projetos conjuntos
A Renault será a referência estratégica da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi na América do Sul. O anúncio foi feito hoje (27) pelas empresas na divulgação do novo planejamento estratégico global.
A medida faz parte de um novo modelo de negócios "com foco em cooperação, para aumentar a competitividade e a lucratividade das três empresas parceiras", segundo comunicado.
Assim, a aliança pretende basear suas decisões em uma das marcas, eleita como referência estratégica (ou "lead follower", como a empresa prefere chamar) nas regiões em que atua.
"Este novo modelo de negócios permitirá destacar as vantagens de cada empresa e as capacidades de performance, tirando proveito de suas respectivas culturas e legados. As três empresas da Aliança cobrirão todas as tecnologias e segmentos automotivos, em todas as regiões, beneficiando todos os clientes e aumentando suas respectivas competitividade, lucratividade sustentável e responsabilidade socioambiental", disse Jean-Dominique Senard, presidente do Conselho Operacional da Aliança e presidente do Conselho de Administração da Renault.
De acordo com a aliança, os objetivos são:
- Fazer avançar ainda mais a estratégia de padronização da Aliança, de plataformas a carrocerias;
- Por meio da segmentação de produtos, focar em uma abordagem de veículo-mãe (carro líder) e veículos-irmãos, executados pela empresa líder com o suporte das equipes seguidoras (followers);
- Assegurar que os veículos líderes e seguidores de cada marca sejam produzidos por meio do arranjo mais competitivo, incluindo a produção agrupada, quando pertinente;
- Continuar a tirar proveito do compartilhamento de produtos em veículos comerciais leves, onde o modelo leader-follower já é aplicado.
Redução de custos na América Latina
A estimativa é que a estratégia resultará em reduções de até 40% nos investimentos em veículos produzidos totalmente por meio desta estratégia.
Na América Latina, a aliança pretende "racionalizar" as plataformas do segmento "B", reduzindo o número de bases de quatro para apenas uma - incluindo produtos Renault e Nissan.
Esta plataforma será fabricada em apenas duas plantas do grupo, que não foram reveladas. Atualmente, a empresa possui quatro fábricas na América do Sul: duas no Brasil (Renault-Nissan em São José dos Pinhais e Nissan em Resende), uma na Argentina (Santa Isabel) e uma na Colômbia (Envigado).
No segmento de SUVs, a renovação do segmento de compactos (conhecido como "B SUV") ficará a cargo da Renault na Europa, enquanto os SUVs médios serão capitaneados pela Nissan depois de 2025.
Com tudo isso, a Renault-Nissan-Mitsubishi espera que 50% de seus modelos sejam desenvolvidos e produzidos sob a estratégia de "leader follower" até 2025.
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