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Ferrari perde direitos comerciais de veículo mais caro de sua história

Ferrari 250 GTO 1962 - Peter Gadsby/Reprodução
Ferrari 250 GTO 1962 Imagem: Peter Gadsby/Reprodução

Do UOL

Em São Paulo (SP)

09/07/2020 16h09

O icônico modelo 250 GTO teve seus direitos de propriedade intelectual retirados da Ferrari. A batalha legal que culminou na derrota da fabricante foi travada com a empresa Ares Design, que planejava produzir réplicas do 250 GTO e foi impedida em junho de 2019.

Entretanto, a Ares recorreu da decisão à Divisão de Cancelamento do Escritório de Proteção Intelectual da União Europeia, alegando que a Ferrari havia colocado sua marca registrada na criação em 2008 somente para impedir que outras empresas não fizessem designs semelhantes e não para se utilizar disso em sua própria produção.

Desta maneira, os advogados registraram em documentos que a marca feita pela Ferrari havia sido "registrada de má-fé, ou seja, como uma marca defensiva para impedir que terceiros produzissem e vendessem carros esportivos de fabricação semelhante". Outra justificativa foi de que a montadora não utilizava mais o design desde 1964.

No fim, a União Europeia ficou do lado da Ares Design, dizendo que a Ferrari não havia provado o uso genuíno de uma série de mercadorias, incluindo veículos. A Ferrari manteve apenas a marca registrada para a fabricação de brinquedos.

Em 2018, uma unidade da Ferrari 250 GTO foi leiloada por US$ 48,4 milhões (aproximadamente R$ 257 milhões), se tornando o carro mais caro já vendido na história da fabricante italiana.