Eletrificação ganha apoio de grandes marcas e vira saída para esportivos
Resumo da notícia
- Sucesso da Tesla atraiu atenção de grandes marcas de luxo
- Empresas como Audi e Porsche já investem em esportivos elétricos
- Indústria de autopeças também olha com carinho para a eletrificação
A Tesla começou sem muito alarde, mas rapidamente cresceu e virou referência na fabricação de veículos elétricos.
Bonitos, ecológicos e modernos, eles também chamam atenção por outra virtude: o alto desempenho. Uma rápida busca no YouTube lista milhares de vídeos de modelos da Tesla deixando superesportivos para trás.
Assim, seria natural que as grandes fabricantes não demorassem a abraçar a eletrificação, seja por meio de projetos híbridos ou 100% elétricos.
Hoje, empresas como Audi, Jaguar, Mercedes-Benz e Porsche já oferecem ou preparam a chegada de veículos eletrificados de alta performance ao Brasil. Esse crescimento também faz com que o consumidor veja a eletrificação sob outro olhar.
"Até alguns anos havia uma percepção de que os elétricos seriam veículos mais conservadores do ponto de vista de performance, principalmente pela preocupação com a autonomia de suas baterias. Contudo, quanto mais as pessoas conhecem os veículos elétricos, mais descobrem o quão esportivos eles podem ser. O torque instantâneo contribui para essa sensação de esportividade, já que, ao pisar no acelerador o veículo responde muito rápido", analisa Gerold Pillekamp, gerente sênior de gerenciamento de produto da Audi do Brasil.
Choque de realidade
A Audi, aliás, é uma das grandes fabricantes de luxo que mais investem na eletrificação. Depois de lançar o SUV e-tron (que já está à venda no mercado brasileiro), a empresa se prepara para trazer o e-tron GT.
Seu conceito foi revelado no Salão de Los Angeles de 2018 e deve chegar às ruas europeias neste ano. No Brasil, o esportivo desembarcaria em meados do ano que vem.
O protótipo tinha dois motores elétricos (um em cada eixo) que entregam uma potência total de 590 cv. Dados da Audi indicam aceleração de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos e autonomia estimada em 400 km com as baterias de 90 kWh.
Um Porsche elétrico
Até a Porsche se rendeu aos encantos dos carros elétricos - para desespero dos fãs mais puristas. Seja como for, o fato é que o Taycan impressiona pelo desempenho digno de um Porsche.
O modelo, que deve estrear no Brasil nos próximos meses, entrega 625 cv nas versões Turbo e Turbo S - que usam a estranha nomenclatura "Turbo" mesmo sendo veículos elétricos.
A cavalaria, porém, pode chegar a incríveis 761 cv na versão topo de linha com Overboost. Tudo isso faz com que o sedã vá de 0 a 100 km/h em apenas 2,8 segundos. Apenas para efeito de comparação, o Panamera Turbo entrega 550 cv e precisa de 3,8 segundos para partir da imobilidade e atingir os 100 km/h.
Plugados na tomada
Não são apenas as montadoras que enxergam a eletricidade como alternativa de alto desempenho.
Fundada no Brasil, a FuelTech trabalha com tecnologias e soluções para o mercado de alta performance. Em 2016, a empresa criou uma divisão de eletrificação e hoje possui uma parceria com a WEG para desenvolvimento e distribuição de motores e inversores para conversão de veículos com motores a combustão em elétricos.
Foi pensando nesta possibilidade de conversão que a FuelTech adquiriu a startup Energy Systems, que vem desenvolvendo tecnologias de conversão de veículos movidos a combustão em elétricos. Assim, a empresa espera lançar os primeiros produtos da divisão de eletrificação em 2021.
"A aquisição da Energy Systems nos permitirá acelerar ainda mais nossos projetos na área da eletrificação, colocando-nos em uma posição estratégica dentro deste mercado. Enxergamos um grande potencial nesta área, onde estamos focando boa parte dos nossos recursos e investimentos", afirma Leonardo Fontolan, CEO da FuelTech Ltda.
Embora os carros elétricos ainda sejam restritos a uma minoria, uma vez que os altos custos de produção e importação ainda impeça a popularização dos veículos elétricos, a tecnologia tem grandes chances de evoluir rapidamente, sobretudo no segmento de esportivos.
"Acredito que vamos conviver por um bom tempo com as duas tecnologias, mas essa possibilidade existe para o futuro. Iniciativas como a criação da Fórmula E, uma competição de veículos 100% elétricos, provam isso. É um campeonato extremamente competitivo no qual os carros chegam a 280km/h e hoje já serve de laboratório para tecnologias que já estão ou estarão em breve nos veículos de produção", conclui Gerold.
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