Novos Strada e Corolla viram carros fúnebres; até Mustang está nos planos
Resumo da notícia
- Empresário de Cianorte (PR) faz limusines e carros fúnebres especiais
- Corolla e Strada são alguns dos modelos que podem ser convertidos
- Lista de projetos inclui Mercedes Classe C, Panamera e até Mustang
Despedidas são sempre doloridas. Mas muita gente gosta de realizar uma cerimônia diferente para prestar uma última homenagem aos entes queridos. São para essas pessoas que as funerárias oferecem veículos exclusivos, bem diferentes dos tradicionais carros fúnebres aos quais estamos acostumados a ver.
Dono da Procópio Special Vehicles, o empresário Kennedy Bacarin fazia muitas limusines, mas só começou a investir nos carros funerários em 2009.
Um de seus projetos mais famosos foi um Chrysler 300C Touring alongado, feito a pedido de uma empresa de Limeira (SP).
Equipado com luzes estroboscópicas e até suportes para bandeirinhas nos para-lamas dianteiros, o veículo tinha rodas cromadas de 22 polegadas com um pequeno caixão estilizado em cada uma delas.
Outro ícone norte-americano que foi transformado em carro fúnebre pela Carros Funerários Procópio foi o Cadillac Escalade.
Encomendado por uma empresa de Santos (SP), o carro ganhou muita exposição na mídia após ser utilizado no funeral do cantor Alexandre Magno Abrão, o Chorão, da banda Charlie Brown Jr, que passou parte de sua vida no litoral paulista.
Corolla promete bombar
A partir daí, Kennedy começou a investir no setor e desenvolveu novos projetos.
Uma das criações mais recentes é a adaptação no novo Toyota Corolla, cuja primeira unidade acaba de ser entregue para um cliente de São Paulo. O projeto não chega a ser bem uma novidade para Kennedy, que já fazia adaptações na geração anterior do carro desde 2016.
O chassi do veículo não é cortado nem alongado, mas uma parte da carroceria é modificada para acomodar a nova traseira
O trabalho de conversão do sedã em carro funerário sai por aproximadamente R$ 65 mil, excluindo-se o valor do veículo. Porém, se algum cliente preferir, o empresário possui parcerias com algumas concessionárias e pode providenciar a compra do automóvel que será modificado.
Segundo Kennedy, o processo de transformação da primeira unidade de cada veículo é mais complexo, uma vez que é preciso criar as matrizes e os moldes para fazer o prolongamento em fibra de vidro. É justamente por isso que o trabalho fica mais fácil a partir do segundo veículo.
Nova Strada já tem fila de encomendas
Picapes leves (como Chevrolet Montana e VW Saveiro) e médias (caso da Chevrolet S10) são as mais escolhidas para a adaptação.
"O projeto mais recente é o da nova Fiat Strada. Apesar de a picape ser recém-lançada, já consegui um parceiro que vai me ceder uma unidade para realizar o serviço", revela Kennedy.
Até agora, o empresário afirma que mais de 15 encomendas já foram realizadas. O custo da adaptação é menor do que no caso do Corolla - gira em torno de R$ 20 mil.
Outra vantagem é que o processo é relativamente simples. Toda a estrutura é construída com fibra de vidro, tanto a cobertura do compartimento de carga quanto o prolongamento no balanço traseiro do carro.
Isso permitiria que a transformação fosse facilmente revertida, mas o Denatran não permite que um carro fúnebre volte a rodar como automóvel "normal", mesmo sem realizar alterações na estrutura original de fábrica.
Carrão funerário?
A Procópio Veículos Especiais também realiza modificações em carros menos comuns para este tipo de finalidade.
Criativo, o empresário desenvolveu um projeto para Mercedes-Benz C180 e até Porsche Panamera. Assim como na maioria dos projetos deste tipo, a inspiração de Kennedy veio da Europa, onde este tipo de conversão é comum.
"Eu já estava pensando em um veículo assim quando, por coincidência, anunciaram um Panamera aqui na cidade onde moro (Cianorte). Aí começamos a bolar o projeto", afirma.
O veículo ainda não saiu do papel, mas já tem ilustrações graças a um artista gráfico que realiza este tipo de serviço para a Procópio.
Mais inusitada ainda, porém, foi a proposta que um cliente de Goiás fez à empresa.
"Ele lançou o desafio de fazer um Mustang funerário e eu aceitei. Fizemos uma projeção de como ficará o veículo, mas ainda não fechamos negócio. Acredito que seria um projeto de repercussão mundial, já que as empresas do ramo costumam fazer projetos baseados em modelos de luxo. Mas um esportivo fúnebre eu nunca vi".
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