Catarinense herda paixão por carros do pai e é 1ª pilota de drift do país
Resumo da notícia
- Bruna Genoin começou no kart antes de migrar para o drift aos 17 anos
- Catarinense já venceu campeonato nacional em 2019
- Nissan 350Z é o carro escolhido por Bruna para participar das provas
Foi por influência do pai que Bruna Genoin entrou no mundo do automobilismo. Piloto de rali, ele levou sua filha para andar de kart aos 14 anos. Desde então, a jovem nunca mais largou as pistas.
"Competi por três anos e fiz alguns treinos em categorias de turismo como Stock Car e Porsche Cup antes de começar no drift", lembra.
Bruna admite que o esporte criado no Japão não estava em seus planos - e talvez nem nos de seu pai, que teve a ideia após uma conversa com Marcio Kabeça, campeão brasileiro da modalidade e dono de uma escola de drift.
"O Kabeça conversou com meu pai em uma premiação e eles pensaram em mim porque ainda não havia nenhuma mulher na categoria. E aí comecei a treinar em 2016, quando tinha 17 anos".
Concentração total
Mesmo sem qualquer experiência prévia, a catarinense não demorou para conseguir botar o carro de lado nas curvas. Bruna diz que o drift "não é um esporte difícil de aprender", mas algumas qualidades são necessárias para ter sucesso.
"Acredito que talento, concentração e foco contam muito. E acho que um pouco de talento também", diz, aos risos.
Assim como qualquer piloto, Bruna também faz um rígido treinamento físico para suportar as altas temperaturas dentro do carro e principalmente o desgaste causado pelo esporte.
"Dentro do carro é muito quente mesmo e às vezes a gente fica de 10 a 15 minutos debaixo do sol esperando pela nossa vez. Tem vezes que dá vontade de desmaiar quando sai do carro".
Presença garantida
Bruna pilota um Nissan 350Z com algumas modificações para o drift, como uma embreagem mais forte e as alterações necessárias para competições, como a estrutura tubular na cabine e os bancos do tipo concha. O motor, porém, é original.
"O 350Z é o melhor carro para fazer drift que você pode encontrar no país porque não é preciso realizar mudanças no motor para obter bons resultados", explica.
É com ele que a jovem participará da etapa de abertura do Campeonato Brasileiro de Drift, que acontece no próximo final de semana em Balneário Camboriú (SC). Tal como ocorreu com a maioria dos esportes, o calendário da categoria precisou ser revisado por conta da pandemia do coronavírus. Nesta primeira etapa, que será disputada em rodada dupla, estão inscritos 44 pilotos.
Fã clube fiel
Mesmo sendo figurinha carimbada nas provas de drift pelo país, muitas pessoas que acompanham a categoria ainda não conhecem Bruna.
"Tem gente que não acredita quando saio do carro e veem que era uma mulher no volante. E existem pessoas que não me conhecem pessoalmente e se surpreendem com minha altura porque sou muito baixinha (1,57 metro)", diz.
Além de conquistas (seu melhor resultado foi o primeiro lugar em um campeonato nacional em 2019), Bruna também coleciona fãs, especialmente do sexo feminino. E até amizade já saiu daí.
"Minha melhor amiga era minha fã e nos conhecemos antes de ela prestar vestibular de medicina. Descobri que ela via meus vídeos para se manter focada nos estudos porque ela via determinação em mim. No fim das contas deu certo: ela já está no segundo ano da faculdade e nós temos uma amizade bonita por conta do drift".
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