Collor e sua Fiat Elba: qual o triste fim do carro que derrubou presidente
Podemos dizer que a Fiat Elba Weekend 1991 foi um carro que mudou o destino de um país. Em 1992, a unidade que pertencia ao então presidente da República Fernando Collor de Mello foi decisiva para o processo que resultou na sua renúncia ao cargo, no fim daquele ano.
Investigações na época apontaram que a perua teria sido adquirida com dinheiro proveniente de contas fantasma de PC Farias, que foi tesoureiro da campanha presidencial em 1989. O fato foi decisivo no processo de impeachment de Collor, que decidiu renunciar, na tentativa frustrada de preservar seus direitos políticos.
Vale destacar que em 2014 Collor foi absolvido por unanimidade pelo STF (Supremo Tribunal Federal) da acusação de desvio de recursos públicos por falta de provas. Ele também foi absolvido em outro processo em 1994 pelo Supremo, pela mesma razão.
Mas qual teria sido o destino deste carro que teve papel decisivo na história do Brasil? O UOL Carros foi atrás do paradeiro da Elba de Collor e descobriu que seu final não foi feliz.
Descobrimos que a Elba ainda está registrada em nome do político, que hoje cumpre o segundo mandato como senador representando Alagoas. Atualmente, ele é filiado ao PROS.
Um fato curioso, porém, é que o senador deu baixa no documento. Ou seja: o modelo da Fiat não tem mais autorização para rodar em vias públicas e pode até ter virado sucata. A reportagem questionou a assessoria do senador, sobre o destino do carro, se o mesmo chegou a ser desmontado ou se repousa sem circular na Casa da Dinda, a mansão do político em Brasília (DF), mas não obteve resposta.
Antes de seu destino final, a Elba de Collor apareceu em fotos que circularam nas redes sociais há alguns anos. Em uma das imagens, aparece já bastante deteriorada, em local desconhecido e com placa cinza - originalmente, ela foi emplacada no padrão amarelo.
O próprio Collor, em conversa com seguidores em sua conta no Twitter, chegou a comentar sobre o carro:
Na mesma conversa, outro internauta pergunta se Collor tem fotos com o veículo e ele disse que não, sugerindo pesquisar imagens na internet.
O ex-presidente também falou que não tem "nenhuma" saudade da perua que contribuiu para a perda do mandato.
Hoje com 71 anos, Fernando Collor é um conhecedor de automóveis e gosta de modelos esportivos e sofisticados.
Em 2015, três carros da sua coleção foram apreendidos pela Polícia Federal, como parte da Operação Lava Jato, por suspeita de que tivessem sido comprados com dinheiro de práticas criminosas.
Agentes da PF levaram um Lamborghini Aventador Roadster 2014, uma Ferrari 458 Italia 2011 e um Porsche Panamera 2012, avaliados em R$ 4,12 milhões. Alguns meses depois, os veículos foram devolvidos e o senador comemorou nas redes sociais.
De acordo com a Tabela Fipe, uma Fiat Elba Weekend 1.5 1991 semelhante à do político hoje custa em torno de R$ 4,4 mil.
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