Aposentadoria precoce? Cinco carros que tiveram vida curta no Brasil
Existem carros que fazem tanto sucesso que permanecem durante décadas no mercado, recebendo ao longo do tempo atualizações visuais e tecnológicas para manterem seu apelo.
O Volkswagen Gol, lançado em 1980, é um bom exemplo: já são mais de 40 anos de produção ininterrupta no Brasil. Mesmo já desatualizado perante a concorrência, ainda tem lugar cativo entre os automóveis mais vendidos.
Porém, outros modelos não tiveram a mesma sorte e, por conta da baixa procura, sua passagem pelo País foi breve.
Alguns simplesmente foram apostas malsucedidas das respectivas fabricantes, enquanto outros chegaram já com "prazo de validade"- sua missão foi preencher uma lacuna enquanto determinado veículo estava ainda em desenvolvimento.
Confira cinco exemplos de automóveis que duraram pouco e opine se a respectiva aposentadoria foi precoce ou aconteceu no tempo certo.
Chevrolet Sonic (2012-2014)
O Sonic chegou em 2012, inicialmente importado da Coreia do Sul, na época em que a General Motors preparava a atualização de toda a gama fabricada no Brasil. Disponível com carroceria hatch e sedã, logo se destacou por conta do visual arrojado, com direito a faróis de lente dupla e maçaneta da porta traseira embutida na coluna - exclusiva da configuração de dois volumes. O motor 1.6 flex de 120 cv, acoplado à transmissão manual de cinco marchas ou automática de seis velocidades, era moderno para sua época e entregava bom desempenho. No meio tempo, passou a ser importado do México, mas as vendas seguiram em baixa. A despedida aconteceu em 2014, quando deu lugar às versões mais caras do Onix - lançado no ano anterior.
Nissan Tiida Sedan (2010-2012)
Importado do México, o sedã compacto estreou em 2010 trazendo preço competitivo e porta-malas generoso, com capacidade para 467 litros. Trazia o mesmo motor 1.8 flex de 126 cv da versão hatch, que já era comercializada aqui, e era oferecido com transmissão manual de cinco marchas ou automática de quatro velocidades. Seu visual não encantou, especialmente na parte traseira, e as vendas nunca decolaram. Com a chegada do Versa em 2011, o apelo ficou ainda menor e o Tiida Sedã se despediu no ano seguinte.
Volkswagen Pointer (1994-1996)
Muitos consideram o Pointer o melhor produto da Autolatina, parceria entre a Volkswagen e a Ford que durou de 1987 a 1996. O hatch com estilo de cupê era, basicamente, uma versão reestilizada do Ford Escort, trazendo sob o capô motores AP 1.8 e 2.0 injetados da VW. A motorização mais potente, inclusive, equipava a versão esportiva GTI. Com o lançamento do Golf em 1995, trazendo construção mais refinada, e o fim da Autolatina em 1996, o Pointer encerrou sua curta trajetória com apenas dois anos no mercado.
Renault Symbol (2009-2013)
Importado da Argentina, o Symbol começou a ser vendido aqui em 2009 como alternativa mais refinada ao Logan, que havia estreado dois anos antes em solo brasileiro. Embora o visual não empolgasse, trazia como armas o porta-malas amplo, capaz de transportar até 506 litros de bagagens. Sob o capô, contava com duas opções de motor flex, ambas com 1,6 litro de cilindrada: com 16 válvulas, rendia até 115 cv e, com oito, entregava 95 máximos. Substituto do Clio Sedan, o Symbol não resistiu à concorrência e disse adeus em 2013.
Fiat Brava (1999-2003)
A versão hatch do Marea surgiu no mercado brasileiro em 1999, com produção em Betim (MG) e a dura missão de encarar concorrentes como Volkswagen Golf e Chevrolet Astra. Trazia a mesma dianteira do sedã, enquanto a traseira se destacava ao exibir lanternas divididas em três filetes independentes. Estreou com o mesmo motor 1.6 16v que equipava o Palio na época, mas a configuração que mais se destacou foi a esportiva HGT, com seu propulsor 1.8 16v, capaz de render mais do que 130 cv. As vendas não embalaram e, após apenas quatro anos nas concessionárias, foi descontinuado para dar lugar ao Stilo.
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