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Como proteger seu carro dos efeitos do sol e do calor; veja 5 dicas

O verão está chegando e, com ele, os dias ensolarados e as temperaturas nas alturas. A radiação e o calor são inimigos de vários componentes do carro - Desmond Boylan/AP
O verão está chegando e, com ele, os dias ensolarados e as temperaturas nas alturas. A radiação e o calor são inimigos de vários componentes do carro
Imagem: Desmond Boylan/AP

Alessandro Reis

Do UOL, em São Paulo (SP)

05/10/2020 15h37

O verão está chegando e, com ele, vêm os dias ensolarados e o calor.

As temperaturas mais altas são um convite para curtir a praia e a piscina, mas também representam uma ameaça à integridade do seu automóvel.

As condições climáticas mais intensas castigam a pintura, borrachas, partes plásticas e revestimentos que, expostos de forma prolongada, perdem o aspecto de novos e também têm sua funcionalidade prejudicada.

Borrachas ressecadas, por exemplo, vedam portas e outros componentes com menos eficiência; plásticos podem ficam quebradiços e viram fonte de ruídos indesejados; há casos nos quais a lente dos faróis se torna opaca, prejudicando a iluminação à noite.

Isso sem contar que os efeitos do calor e, especialmente dos raios UV (ultra-violeta), acabam desvalorizando o veículo em futura revenda.

É verdade que os veículos recentes trazem materiais mais adequados aos rigores do clima e, para que tais problemas surjam, é preciso que o carro fique realmente muito tempo exposto às temperaturas escaldantes.

No entanto, quem mora no Nordeste, onde os termômetros estão lá em cima praticamente o ano todo, sabe que isso não é tão difícil. Especialmente em modelos mais antigos.

"Se as peças plásticas e de borracha não tiverem agentes anti-UV de fábrica, poderão sofrer envelhecimento acelerado, degradação e mudança de cor. Se tiverem o protetor contra os raios ultra-violeta, esses itens suportarão a degradação", explica Mauro Paraíso, mestre em Materiais pela USP.

Veja cinco dicas para proteger seu veículo:

1 - Estacione na sombra

A primeira dica é óbvia, porém o resultado é garantido: evite deixar o carro sob o Sol. Se possível, estacione sempre em local coberto ou em vaga com sombra. Caso contrário, procure usar uma capa protetora ao estacionar. Há opções feitas com material que reflete os raios do sol e traz tratamento contra os raios UV.

2- Cuide dos revestimentos internos

Em relação aos bancos e outros revestimentos internos, se estes forem de couro, uma recomendação é hidratá-los regularmente com produtos específicos. "Se os assentos forem de couro, pode-se usar produtos específicos para hidratação. Sendo de tecido, a aspiração com frequência não deixa acumular resíduos, então a fricção do tecido do banco com a roupa torna-se menos agressiva", recomenda Paraíso. Para tal, existem empresas especializadas na higienização do interior de veículos.

3 - Mantenha a carroceria limpa

A exposição prolongada ao Sol, combinada com sujeira, como respingos de asfalto e cocô de pássaros, pode trazer manchas e danos à pintura. Antes de pegar a estrada, a recomendação é fazer a limpeza externa, com aplicação de cera ou de selante sintético de qualidade. "Isso ajuda a repelir a água e colabora para que insetos e sujeira não 'grudem' na pintura", ensina Antônio Carlos Cosimato, da Deep Cleaning, empresa especializada em serviços de limpeza e conservação automotiva.

Para quem quiser proteção ainda maior, há a vitrificação, que requer que antes a pintura passe por polimento - além disso, o procedimento é caro, passando de R$ 1.000. Essa técnica também é recomendada caso a pintura já apresente algum sinal de desgaste.

4 - Película nos vidros

Embora tecidos e plásticos internos já tragam, nos carros mais recentes, agentes de proteção contra os raios ultra-violeta, películas escurecidas também ajudam a filtrar os raios UV, além de ajudarem a controlar a temperatura dentro do automóvel. Porém, se você decidir por sua aplicação nos vidros, é preciso respeitar os limites de escurecimento determinados pela legislação de trânsito.

5 - Fuja de solventes e produtos à base de petróleo

De acordo com Cosimato, produtos mais agressivos danificam especialmente borrachas e plásticos, que ficam ressecados e perdem a elasticidade e a eficiência. O especialista também não recomenda usar silicone.

"Se for usado em plásticos, a reaplicação com bastante regularidade acaba se tornando obrigatória para manter o brilho, sob pena de o material ficar com aspecto opaco e fosco."