Alerta vermelho: 5 sinais de que seu carro pode estar prestes a pegar fogo
O incêndio é provavelmente o problema mais grave que pode acontecer em um veículo, com elevada ocorrência de perda total e alto risco de ferimentos graves e até fatais.
Conforme especialistas consultados por UOL Carros, para um carro pegar fogo é necessária a combinação de calor ou faísca com óleo lubrificante ou combustível.
"Dificilmente a causa do incêndio é a repentina. Em geral, há problemas que vão se agravando até que surge a condição ideal para o fogo começar e se alastrar", alerta João Irineu Medeiros, diretor de segurança veicular da AEA.
Portanto, o automóvel costuma dar sinais de que algo está errado antes do pior acontecer.
Selecionamos cinco alertas de que o seu carro pode estar prestes a se incendiar, com base em informações de Medeiros e de Erwin Franieck, mentor de tecnologia e inovação em engenharia avançada da SAE Brasil.
Aproveite e leia aqui os cuidados específicos para automóveis a GNV.
1- Cheiro de combustível
João Irineu Medeiros destaca que, em carros injetados, o odor de combustível é forte indício de que há algum vazamento do líquido. Caso entre em contato com superfícies quentes, como o escapamento e, especialmente, o catalisador, que pode atingir temperaturas de 800º C, a chance de fogo surgir é extremamente alta.
O colega Erwin Franieck complementa:
"Os critérios de crash test reprovam projetos em que estes vazamentos ocorrem. Porém, ainda assim podem aparecer problemas de vedação, perceptíveis pelo odor do combustível, principalmente", destaca o engenheiro.
Nessa situação, ambos recomendam procurar uma oficina de confiança o quanto antes para verificar o problema.
2 - Manchas de vazamento sob o carro
Além do cheiro, há indicadores visuais de risco de incêndio. O mais óbvio é o acúmulo de óleo ou combustível embaixo do veículo sempre que ele permanece estacionado.
Este é um sinal de que há vazamento em um ou mais pontos embaixo do capô.
A orientação dos especialistas é checar regularmente a condição dos dutos de fluidos em geral, especialmente os de combustível, bem como do cárter e de todo o sistema de lubrificação do motor.
"Vazamento de óleo motor, que se percebe por meio marcas no chão após estacionar o veículo, é sinal importante de que o risco de um incêndio é alto", ensina Franieck.
3 - Problemas elétricos
Problemas elétricos também podem causar incêndio. Dependendo do caso, nem precisa haver contato com óleo ou combustível: um curto-circuito sozinho é capaz de deixar o automóvel em chamas.
"Cheiro de queimado é indício de curto no sistema elétrico. Quando o problema acontece, a luz espia do sistema de auto diagnóstico, conhecida como 'luz da injeção', costuma acender. Também fique atento à luz de carga baixa da bateria", orienta Medeiros.
O curto-circuito, explica, pode ser causado por fios desencapados e também pela instalação de acessórios e equipamentos não especificados para determinado veículo.
"Componentes não homologados pela montadora podem sobrecarregar o sistema e gerar curto, faíscas e até derreter fios. Além disso, há risco de um ou mais cabos ser rompido ou desencapado em contato com alguma chapa metálica, devido a instalação incorreta", destaca João Irineu.
Medeiros também aponta a necessidade de estar atento a ruídos provenientes do cofre do motor - que podem sinalizar alguma peça metálica solta, capaz de danificar fios elétricos.
Franieck, por sua vez, salienta que acessórios incompatíveis com o projeto do carro trazem como efeito mais óbvio a redução da vida útil da bateria, que passa a reter cada vez menos carga e pode "arriar".
Contudo, antes de ela pifar de vez, há outras consequências.
"Ao reter menos carga, a bateria fornece menos tensão e sobrecarrega o alternador e a respectiva correia. Também ocorre maior variação de tensão no sistema. Isso eleva a incidência de pane elétrica, acompanhada por danos a uma série de componentes, bem como risco de incêndio", alerta o engenheiro da SAE Brasil.
4 - Uso de combustível adulterado
Abastecer com combustível adulterado pode trazer danos ao motor e outros componentes.
Um dos mais graves é a pré-ignição, também conhecida como "batida de pino", que é a combustão irregular - manifestada por meio de ruídos metálicos.
"Combustível fora da especificação, com baixa octanagem, pode causar pré-ignição e quebrar uma série de componentes, gerando temperaturas muito elevadas dentro do propulsor", afirma Medeiros.
A consequência mais grave é o altíssimo calor derreter peças e romper o bloco do motor.
Uma vez rompido, a chance de vazar óleo e combustíveis sobre superfícies quentes é grande, bem como o risco de incêndio.
5 - Problemas no arrefecimento
A falta de líquido de arrefecimento, seja por simples desleixo ou vazamento não detectado, eleva a temperatura de trabalho do motor para além do especificado - elevando o risco de o mesmo fundir.
Novamente, o calor excessivo é capaz de levar à quebra do bloco, trazendo as consequências descritas no item anterior.
"Fique atento à temperatura do líquido de arrefecimento. No caso de ocorrer um vazamento desse líquido, o indicador no painel deixa de mostrar a temperatura excessiva e você pode ter um motor fundindo. Se chegar ao ponto de travar, pode quebrar o bloco, vazar óleo e combustível e iniciar um incêndio muito rapidamente", esclarece Erwin Franieck.
Portanto, antes que o pior aconteça, não descuide das revisões e verifique a condição do radiador e de todo o sistema de arrefecimento regularmente.
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