Peruas, minivans e sedãs já foram 'carros da moda' antes de SUVs no Brasil
Resumo da notícia
- Peruas, minivans e sedãs já foram 'sensações' no mercado brasileiro
- Minivans roubaram mercado das peruas, mas sofreram com SUVs
- Estreia de sedãs japoneses sacudiu categoria, que virou sinônimo de status
Não precisa ser muito atento para notar a grande quantidade de SUVs pelas ruas do país.
Os SUVs nunca passaram por um momento tão bom no Brasil quanto em 2020. Prova disso é que um modelo da categoria, o VW T-Cross, foi o carro mais vendido do país em agosto. E ele não é o único a apresentar bons resultados.
Tamanha popularidade pode até assustar quem não está familiarizado com o mercado brasileiro, e há até quem diga que não passa de uma onda passageira. Verdade ou não, fato é que a indústria automotiva já viveu ciclos semelhantes no passado.
Peruas: o carro da família
Hoje praticamente extintas, as peruas começaram a se popularizar nos anos 70 e 80.
Naquele tempo havia peruas para todos os gostos e bolsos. Além dos modelos compactos, o mercado oferecia opções maiores e mais sofisticadas, como Chevrolet Caravan e Ipanema, Ford Belina e Volkswagen Quantum.
O auge aconteceu na década seguinte, quando modelos como Fiat Elba e Volkswagen Parati fizeram as vendas das peruas explodirem. Com espaço interno de sobra para passageiros e bagagens, elas rapidamente se tornaram as "queridinhas" das famílias.
As peruas resistiram até meados de 2010, quando começaram a rarear por aqui. Modelos como Toyota Fielder e Renault Megane Grand Tour, que já eram difíceis de ver por conta do sucesso das minivans nos anos passados, saíram de cena diante da invasão dos SUVs.
Minivans: cabe tudo
Só que o reinado das peruas começou a ruir entre o fim dos anos 90 e meados dos anos 2000, quando um novo segmento desembarcava com força por aqui.
As minivans surgiram na esteira do sucesso na Europa ao combinarem dimensões compactas com soluções engenhosas de aproveitamento de espaço.
Assim surgiram nomes como Renault Scènic, Citroën Xsara Picasso e Chevrolet Zafira. Até o Honda Fit, que tinha as mesmas virtudes, aproveitou a fase para se firmar como sucesso no Brasil. Nos anos seguintes, novos modelos surgiriam.
As minivans venderam mais do que os SUVs até 2004, quando emplacaram 60.866 unidades contra 57.084 unidades dos utilitários esportivos, segundo números da Fenabrave.
A categoria seguiu com bons números no início dos anos 2010. Três anos depois, as minivans tiveram 87.360 emplacamentos. Só que as vendas (que já não vinham tão bem após o fim de modelos como as Chevrolet Meriva e Zafira e Renault Scènic) começaram a cair.
Em 2015, a Chevrolet Spin abocanhou metade do segmento. Enquanto isso, Nissan Livina e Fiat Idea deixavam de ser produzidas. Hoje, a minivan da GM lidera a categoria e, além de única representante nacional, ela é uma das poucas remanescentes do segmento.
Sedãs médios: carro de bacana
Ao mesmo tempo em que as minivans começaram a chegar no país, outra categoria também se destacava.
Os sedãs médios ganharam fôlego novo com os lançamentos de Honda Civic e Toyota Corolla nacionais.
Mais do que fortes rivais para o Chevrolet Vectra, eles abriram caminho para a entrada de modelos de marcas que até então não estavam na categoria.
Assim surgiram nomes como Citroën C4 Pallas, Ford Focus Sedan, Mitsubishi Lancer, Nissan Sentra, Peugeot 307 Sedan e Renault Mégane.
Nem todos tiveram sucesso e quase todos deixaram o segmento. Parte da "culpa" está no sucesso da dupla Civic e Corolla, especialmente do modelo da Toyota, que ocupa a liderança com folga.
Seja como for, fato é que graças ao crescimento desta categoria que os sedãs médios ganharam prestígio a ponto de virarem símbolo de status no país.
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