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Mercedes fecha fábrica no interior de SP e deixa de fazer carros no Brasil

Planta no interior paulista fazia Classe C e GLA - Murilo Góes/UOL
Planta no interior paulista fazia Classe C e GLA
Imagem: Murilo Góes/UOL

Do UOL, em São Paulo (SP)

17/12/2020 11h33

Resumo da notícia

  • Planta no interior paulista produzia os modelos Classe C e GLA
  • Empresa diz que vai 'buscar alternativas' para empregados e não descarta PDV
  • Fábrica é a segunda de automóveis da Mercedes a fechar as portas no Brasil

A Mercedes-Benz decidiu encerrar a produção de automóveis na fábrica de Iracemápolis (SP). Inaugurada em março de 2016, ela era responsável pela produção dos modelos Classe C e GLA.

A empresa afirmou que a decisão foi tomada pela matriz e levou em consideração diversos fatores, incluindo "a situação atual" do mercado brasileiro. Atualmente, a fábrica conta com 370 colaboradores. De acordo com a Mercedes, a empresa "irá buscar alternativas para os empregados, incluindo a possibilidade de um programa de demissão voluntária e outras possibilidades que serão avaliadas em um futuro próximo"

"A situação econômica no Brasil tem sido difícil por muitos anos e se agravou devido à pandemia da Covid-19, causando uma queda significativa nas vendas de automóveis premium. Ao longo do nosso processo de transformação, continuamos a reestruturar a nossa rede de produção global. Aumentar nossa eficiência, otimizando a nossa capacidade de utilização é um facilitador importante. Por isso, decidimos encerrar a produção de automóveis premium no Brasil", afirma Jörg Burzer, Membro do Board da Mercedes-Benz AG, Produção e Cadeia de Suprimentos.

Assim, a montadora mantém apenas duas fábricas no país: a de São Bernardo do Campo (SP), responsável por fazer caminhões e chassis de ônibus, e a de Juiz de Fora (MG), onde são feitas cabinas de caminhões.

Importante lembrar que a planta mineira foi inaugurada em 1998 para produzir automóveis - no caso, a primeira geração do controverso Classe A. Outros modelos também foram produzidos lá após o fim da produção do monovolume, como o Classe C e o CLC.