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Harmonização facial que não deu certo? 5 atualizações polêmicas em carros

Lançado em 2019, novo HB20 virou alvo de críticas quanto ao visual e deixou consumidores com saudade do modelo anterior - Divulgação
Lançado em 2019, novo HB20 virou alvo de críticas quanto ao visual e deixou consumidores com saudade do modelo anterior Imagem: Divulgação

Alessandro Reis

Do UOL, em São Paulo (SP)

18/12/2020 04h00

Já faz algum tempo, a harmonização facial virou um dos procedimentos estéticos preferidos dos famosos.

Sem requerer cirurgia, a técnica busca alinhar e corrigir ângulos da face com o uso de produtos preenchedores, como ácido hialurônico.

Uma das suas vantagens é que pode ser realizada no consultório. No entanto, nem sempre o resultado é o esperado.

O cantor sertanejo Lucas Lucco, por exemplo, não ficou satisfeito e reverteu a mudança. Recentemente, Gretchen virou alvo de críticas nas redes sociais quanto à sua aparência após submeter-se ao procedimento.

No mundo automotivo, os carros passam por algo parecido com a harmonização facial: alguns anos após o lançamento, determinado modelo ganha alterações visuais com a intenção de se manter atraente ao consumidor.

Algumas são bem aceitas pelo público, enquanto outras acabam deixando o veículo mais feio do que era, na opinião dos clientes.

Confira alguns exemplos de carros que foram mal recebidos ao ganharem novo desenho.

Novo Hyundai HB20

Lançado em setembro do ano passado, o novo Hyundai HB20 chegou com interior totalmente renovado, trazendo itens desejados como motor 1.0 turbo flex com injeção direta e até frenagem automática de emergência nas versões mais caras.

No entanto, a atualização do hatch compacto, que há um bom tempo está entre os carros mais vendidos do Brasil, gerou críticas em relação ao visual externo.

Muitos torceram o nariz para a dianteira, especialmente para a grade - que, para alguns, lembra a boca de um peixe. Seu antecessor, por outro lado, fez sucesso com design arrojado que não é tão rebuscado quanto o atual, mas também não rendeu polêmicas.

Toyota Corolla com faróis arredondados

A oitava geração do sedã médio estreou no Brasil em 1995, importada, e causou estranheza ao romper com o visual mais conservador da encarnação anterior - que também era trazida de fora.

A carroceria, os faróis e as lanternas dianteiras arredondados não caíram no gosto dos clientes brasileiros, bem como a grade perfurada que lembra um ralador de queijo.

Esse visual durou pouco tempo aqui e também em outros mercados.

O pessoal da Toyota logo percebeu a reação negativa e, em 1998, quando iniciou a produção nacional do modelo, voltou a adotar um desenho mais reto e comportado, parecido com o da sétima geração. Por sinal, o primeiro Corolla feito aqui fez muito sucesso e ajudou a consolidar o sedã no País.

Volkswagen Golf 4.5

A quarta geração do Golf foi a primeira fabricada no Brasil, com produção local iniciada em 1999.

Ela estreou aqui com o mesmo desenho utilizado na Europa, exibindo faróis ovalados e lanternas traseiras horizontalizadas, o desenho, para muitos, é harmonioso e ao mesmo tempo esportivo.

Quando a quinta geração foi lançada na Europa, em 2003, a Volkswagen do Brasil considerou que sua produção local encareceria demais o produto.

O jeito foi trazê-la importada, na forma do sedã Jetta e da perua Jetta Variant.

Quanto ao hatch, a fabricante decidiu reestilizar a quarta geração, lançada em 2007 e conhecida no País como 4.5. A dianteira recebeu faróis com formato irregular e a traseira ganhou lanternas com elementos arredondados e cromados.

A solução adotada até tentou emular elementos do Golf 5 europeu, mas não combinou com a carroceria antiga, na avaliação de consumidores.

Chevrolet Montana

Em 2010, a Chevrolet lançou a segunda geração da picape compacta, que recebeu dianteira e cabine emprestadas do Agile.

O design com faróis grandes herdado do hatch compacto deixou muitos com saudade da Montana anterior, derivada do Corsa e com aparência mais agradável. O nível do acabamento interno caiu e também virou alvo de críticas.

O Agile saiu de linha no fim de 2016, quando já convivia com o Onix, que assumiu de vez seu lugar na gama da Chevrolet.

A Montana, por sua vez, continua em produção até hoje praticamente com o mesmo visual, à espera de sua sucessora.

Ford Fiesta Rocam

A quinta geração do Fiesta chegou ao Brasil em 2002 chamando a atenção: totalmente renovada, a apresentou uma evolução e tanto ante o modelo anterior.

A dianteira limpa, com grade pequena e faróis com piscas integrados remetia a um carro moderno e bem resolvido - embora fosse mais simples do que o Fiesta produzido e comercializado em solo europeu.

O tempo foi passando e a Ford manteve o projeto com retoques visuais, rebatizado como Fiesta Rocam.

A última reestilização tentou emular a aparência do Fiesta 6, que estreou aqui em 2013, inicialmente importado do México.

O resultado não empolgou e deixou claro que a quinta geração do Festa já estava fazendo hora extra. O Rocam saiu de linha em 2014 para ceder lugar ao novo Ka como modelo de entrada da Ford.