"Caçador de carrões" tenta achar McLaren perdida do traficante El Chapo
Considerado um dos melhores carros esportivos de todos os tempos, a McLaren F1 teve apenas 106 unidades produzidas e seus preços não param de subir - no ano passado, um exemplar 1994 foi leiloado por US$ 19,8 milhões (R$ 102,5 milhões).
Outra unidade do modelo icônico, cujo paradeiro é desconhecido desde 2004, esteve ou ainda está em poder do Cartel de Sinaloa, no México, chefiado pelo traficante de drogas Joaquín Guzmán, o El Chapo, até sua prisão, em 2016.
O "Caçador de Carrões" Ed Bolian, especializado em garimpar veículos exóticos e raros, tenta encontrar a F1 e talvez comprá-la por uma barganha. Neste mês, o empresário e youtuber do canal VINWiki contou a história de sua busca pelo cupê britânico.
Com chassi de número 39, esse carro é famoso no México e já virou lenda, alimentando rumores e boatos nas redes sociais.
De acordo com Bolian, que mora na Georgia (EUA), a McLaren F1 1995/1996 na cor "Brazilian" marrom metálica com rodas douradas foi encomendado para uso pessoal de Ron Dennis, então chefão da McLaren.
O executivo acabou desistindo do cupê, pois sua mulher não teria gostado da combinação de cores escolhida pelo marido. Em 1997, a F1 foi parar no México, ficando sob os cuidados de um integrante do cartel de Sinaloa.
Bolian destaca que o veículo não chegou a ser usufruído por El Chapo, que na época estava preso no México desde 1993, mas ainda dava ordens a partir de uma cadeia de segurança máxima.
Em 2001, o líder da organização criminosa fugiria pela primeira vez. Recapturado em 2014, Guzmán voltou a escapar em 2015, utilizando um túnel de 1 km, para ser preso novamente no ano seguinte. Hoje, cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.
Segundo o youtuber, com base em relatos recebidos de seguidores durante sua "caçada" ao carrão perdido, o suposto guardião da McLaren, nunca registrada em solo mexicano, foi assassinado em 1998.
O carro permaneceu durante anos guardado em local secreto, na região rural de Sinaloa, até que em 2004 parentes do falecido subordinado de El Chapo procuraram a sede da McLaren, na Inglaterra, solicitando uma nova chave.
"A montadora inicialmente recusou o pedido, pois não foi apresentada nenhuma documentação comprovando a propriedade do veículo. Em uma segunda tentativa, a McLaren cobrou cerca de US$ 300 mil (R$ 1,55 milhão) por uma nova cópia. A oferta foi recusada, já que o valor pedido correspondia a metade do preço médio da F1 na época".
Desde então, não surgiram mais informações oficiais. O rumor mais recente aponta que a McLaren F1 hoje estaria na Cidade do México, em poder de um colecionador que teria repintado o veículo na cor preta. Outro boato aponta que o esportivo teria sido repatriado à Inglaterra.
Há alguns meses, Ed Bolian chegou a organizar uma viagem até Sinaloa, com a esperança de finalmente localizar o carro e, quem sabe, comprá-lo.
"Um contato me contou que o atual dono estaria interessado em vender, mas na época houve uma série de assassinatos conduzidos pelo cartel na região e acabei desistindo de ir até lá", relata.
O youtuber, contudo, ainda busca novas pistas para finalmente encontrar a F1 com chassi 39.
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