Governo de SP quer reunir metalúrgicos e Ford para discutir demissões
O governo do Estado de São Paulo pretende reunir representantes da Ford e do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté (SP) nos próximos dias. Em encontro com representantes dos trabalhadores dentro do Palácio dos Bandeirantes, ocorrido na tarde desta terça-feira, a secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado citou a necessidade de requalificar e recolocar os trabalhadores da montadora.
No entanto, o que os metalúrgicos querem de fato é a manutenção dos empregos gerados pela Ford, que encerrou a produção de componentes no interior paulista e de automóveis e motores em Camaçari (BA). Em Taubaté são 830 postos de trabalho diretos e outros 600 quando se consideram os terceirizados. A unidade produzia motores e transmissões.
Os metalúrgicos realizaram assembleia na porta da fábrica na manhã de terça-feira, quando decidiram montar uma vigília permanente na entrada da fábrica, em grupos de 40 pessoas e turnos de seis horas.
Em nota, a secretaria de Desenvolvimento Econômico informou que o governo pretende "reavaliar o plano de impulsionamento econômico da região de Taubaté, avaliando outras oportunidades de investimento e de fomento econômico". Segundo a nota, esse planejamento será realizado nas próximas semanas.
Ainda na manhã de terça-feira, trabalhadores da Ford de Camaçari (BA) realizaram uma assembleia na entrada da fábrica. De acordo com o sindicato local, o complexo industrial responsável pela montagem do Ka, Ka Sedan e EcoSport emprega cerca de 9 mil trabalhadores na soma de funcionários diretos da Ford e dos fornecedores instalados ao redor.
Outros 4 mil empregos estariam diretamente ligados à atividade da montadora na Bahia. Ainda de acordo com o sindicato de Camaçari, na quarta-feira pela manhã haverá nova assembleia e mobilização dos trabalhadores na governadoria do Centro Administrativo da Bahia.
A única das três fábricas da Ford que não teve a produção interrompida de imediato é a dos jipes Troller, em Horizonte (CE). Segundo a empresa, esta permanece ativa até o último trimestre de 2021, indício de que a montadora americana pode vender a operação, da mesma forma que a comprou em 2007.
Em 2019 a Ford já havia encerrado as atividades de sua fábrica de São Bernardo do Campo (SP), onde produzia caminhões e também o New Fiesta hatch. O Grupo Caoa chegou a anunciar a compra da unidade do ABC em setembro daquele ano, mas o negócio não se concretizou e a área foi adquirida por uma construtora em outubro de 2020.
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