Rival e "irmão" do Porsche Taycan, Audi e-tron GT chega ao Brasil em 2021
A empolgação e expectativa ao redor do novo elétrico da Audi, o sedã e-tron GT, acabou. O carro que vinha sendo mostrado desde 2018 ao público como um "conceito com linhas próximas a de produção", finalmente deu as caras. E o mais importante nisso tudo é que ele já tem passaporte garantido para o Brasil ainda em 2021, inclusive na versão esportiva RS e-tron GT.
E como prometido, as linhas finais não fugiram muito do que foi antecipado. O sedã elétrico da Audi é "irmão" do Porsche Taycan, que já está à venda no Brasil. Eles usam a mesma plataforma elétrica para sedãs do grupo VW e que é diferente da usada para os SUVS e-tron e e-tron Sportback.
Em termos de dimensões, o e-tron GT tem 4,99 metros de comprimento, 1,96 m de largura, 1,41 m de altura, 2,90 m de entre-eixos e 405 litros de porta-malas. Dimensões semelhantes as do sedã A6: 4,93 m de comprimento, 1,88 m de largura, 1,45 de altura, 2,92 m de entre-eixos e 530 litros de porta-malas.
Potência de sobra
O e-tron GT chega ao mercado também já com sua versão esportiva, o RS e-tron GT. Tanto na opção "civil" quanto na esportiva, o sedã tem dois motores elétricos - um em cada eixo. O pacote de baterias de íons de lítio de 85 kWh oferece autonomia de até 488 quilômetros para o e-tron GT e 472 km ao RS e-tron GT. Em um carregador de carga ultra rápida (270 kW) é possível conseguir 100 km de autonomia em cinco minutos e até 80% de carga em 23 minutos.
A versão "básica" entrega um total de 476 cv e 64,2 mkgf. O motor dianteiro rende 238 cv e o traseiro 435 cv. A diferença entre a potência total e a somada de cada um dos motores é porque eles têm uma reserva para "situações de direção extrema", segundo a Audi.
No modo "Boost", que aumenta a potência que é entregue por 2,5 segundos, o e-tron GT rende 530 cv com o controle de largada acionado. Já a variante esportiva RS oferta 598 cv e 84,6 mkgf. O motor dianteiro desenvolve 238 cv e o traseiro 456 cv. No modo de Boost são 646 cv.
Nas duas opções, o e-tron GT tem um câmbio automático, para carros elétricos com duas marchas e a ré. A primeira marcha serve para fazer aceleradas mais vigorosas, já a segunda privilegia uma entrega mais comedida e visando preservar a autonomia. Com esses conjuntos, o e-tron GT acelera de 0 a 100 km/h em 4,1 segundos, já o RS e-tron GT faz em 3,3 segundos. A velocidade máxima, limitada eletronicamente, é de 245 km/h (e-tron GT) e 250 km/h (RS e-tron GT), respectivamente.
Tecnologia
Como nos carros a combustão da marca, o e-tron GT traz os modos de condução do Audi Drive Select: conforto, eficiência, dinâmico e personalizável. Eles alteram a resposta da direção, altura da suspensão a ar, o câmbio e o diferencial do eixo traseiro. No modo eficiência, o carro fica mais perto do chão e limita a velocidade a 140 km/h; já o modo dinâmico, que é o mais esportivo, deixa o carro com ajuste de tração traseira, por exemplo.
Os faróis são de LEDs para as duas opções do e-tron GT. No caso da RS há ainda a tecnologia Matrix, que permite em milissegundos que o farol se ajuste automaticamente para evitar ofuscar a visão de quem está à frente ou no sentido oposto, sem reduzir o facho completo. Basicamente ele apaga os LEDs automaticamente em alguns pontos do farol para fazer isso. Como opcional para as duas versões, há o farol a laser com a tecnologia Matrix.
O e-tron GT traz um sistema batizado de Sport Sound. Usando alto-falantes, ele cria um som que serve para alertar que há um carro elétrico vindo e também dar a experiência para quem está dentro do veículo. A Audi afirma que compôs um som único para o sedã elétrico.
Equipamentos
Como os demais modelos da marca, elétricos ou não, o e-tron GT tem as tecnologias de assistência ativa e passiva de segurança. O pacote Audi Pre Sense os controles de tração e estabilidade, frenagem autônoma de emergência com alerta de colisão frontal e detecção de pedestres. Como item de série há também o controle de velocidade de cruzeiro adaptativo (ACC) com leitor de saída de faixa de rodagem.
Para o mercado europeu ele contará com pacotes opcionais que incluem itens como visão noturna, câmeras 360º e assistente de estacionamento remoto. É possível ficar dentro do carro enquanto as manobras são feitas ou usar um aplicativo no smartphone para controlar o veículo.
Interior
O e-tron GT aposta no mesmo tipo de interior encontrado nos demais Audi. O painel de instrumentos é virtual com uma tela de 12,3 polegadas e associado a uma tela de 10,1" para a central multimídia. O sistema de entretenimento e navegação aceita também comandos por voz e como opcional, há o head-up display; sistema que projeta no para-brisa as informações do painel.
Como nos demais elétricos da marca, motorista e passageiro ficam bem divididos por um enorme console central com alguns porta-objetos. O acabamento é de couro e na versão esportiva RS, o painel tem finalização de fibra de carbono e os bancos são semiesportivos com maior apoio nas laterais.
Engenharia
Tanto e-tron GT quanto RS e-tron GT tem suspensão do tipo independente na frente e atrás e podem contar eixo traseiro direcional. Isso permite que as rodas estercem em até 2.8 graus na direção oposta a da curva. O efeito prático disso é que a geometria do carro se altera acima de 50 km/h deixando as respostas mais ágeis; é como se o carro fica mais curto. Elas podem se mover também para o mesmo lado da curva para melhorar a estabilidade.
Opcional no e-tron GT e de série no RS há a suspensão a ar adaptativa. Com ela é possível ajustar a altura em 22 mm para baixo e 20 mm para cima. São três bolsas de ar que trabalham com os amortecedores adaptativos. Assim, o conjunto se adapta conforme ajuste do motorista ou por necessidade do piso. Ele trabalha associado aos modos de condução.
As rodas tem tamanhos entre 19" e 21" e tem três desenhos disponíveis nos três tamanhos. Os pneus utilizados são de baixa resistência a rolagem, para não prejudicar a autonomia do elétrico. Na opção de 21", disponível ao RS e-tron GT, é possível optar por pneus de alto desempenho.
Para segurar o ímpeto do e-tron GT e do RS, os freios a disco são de aço e aço com revestimento de tungstênio, respectivamente. O revestimento de tungstênio melhora a capacidade de frenagem, reduz o desgaste e a poeira de desgaste de freio, que é tido com um problema para o meio ambiente. Além disso, reduz a ferrugem nos discos por serem pouco usados. Como opcional, para as duas versões, a Audi coloca à disposição dos clientes discos de fibra de carbono com 420 mm de diâmetro.
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