Twingo de Boechat: como é o carro que viúva deu de presente para Neto
O ex-jogador Neto, apresentador do programa "Os Donos da Bola" (TV Bandeirantes), anunciou ontem (25) que ganhou de Veruska Seibel, viúva de Ricardo Boechat, o Renault Twingo azul que pertencia ao jornalista - morto em fevereiro de 2019, na queda de um helicóptero.
"Dois meses depois que o Boechat morreu, a Veruska veio na Band e me agradeceu pela relação com o Boechat. A gente conversava muito. E aí eu pedi para ela me vender o Twingo dele depois que fizesse a partilha dos bens, essas coisas", contou Neto.
"Aí, passou um ano e sete meses e ela me ligou, perguntou onde eu morava e falou que o carro era meu", completou.
Mas como é o Twingo de Boechat e qual era a relação dele com o compacto da marca francesa?
Durante sua vida, ele conviveu com dois exemplares do Twingo e não é exagero dizer que o jornalista, provavelmente, foi o fã mais ilustre do carro no Brasil.
O Twingo entrou na sua vida em 2006, quando se mudou do Rio de Janeiro para São Paulo. Boechat veio morar em um apartamento de um amigo e o veículo estava na garagem, à sua disposição. Logo o âncora se encantou com o carrinho e passou a usá-lo diariamente.
O Twingo virou parte de sua vida e até personagem de seu programa de rádio.
"Ele me empresta uma colaboração insubstituível e eu rendo a ele esse reconhecimento de mérito", afirmou, em entrevista a uma revista.
Boechat comprou seu segundo Twingo pouco tempo após um acidente ter destruído parcialmente seu antigo xodó, que virou obra de arte nas mãos do artista plástico Alê Jordão. Era um belo exemplar azul metálico fabricado em 2001.
Lançado na Europa em 1993, o modelo surpreendeu pela filosofia irreverente: cores berrantes do lado de fora, interior alegre e peças coloridas.
O Twingo começou a vir para o Brasil em 1994, inicialmente com um motor 1.2 de 55 cv. Sua proposta era inovadora para a época: um compacto estiloso, espaçoso e sofisticado. Por fora era pequenino (com apenas 3,43 metros de comprimento), mas a distância entre-eixos era de impressionantes 2,34 metros.
A ergonomia era elogiável e a versatilidade da cabine nunca foi igualada até hoje entre os compactos. Enquanto o banco traseiro corria sobre trilhos (abrindo espaço para bagagem ou passageiros), os bancos da frente podiam ser totalmente deitados para se "transformar" em uma cama de casal.
O painel de instrumentos digital ficava no centro da cabine - atrás do volante havia apenas luzes de advertência.
Cinco anos depois de sua estreia, o compacto ganhou um novo visual e acabamento mais sofisticado quando começou a ser trazido do Uruguai. As unidades vindas do país vizinho tinham motores 1.0 de oito e 16 válvulas, ambos presentes também no Clio.
Embora nunca tenha sido um sucesso de vendas (até porque essa nunca foi a intenção da Renault), o Twingo conquistou alguns seguidores fiéis. O carrinho deixou de ser vendido no país em 2003.
Na França, porém, o modelo já teve outras duas gerações - a última delas, aliás, compartilha plataforma com a geração atual do Smart Fortwo - nunca vendida oficialmente aqui - e tem uma versão 100% elétrica.
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