"Pior Ferrari do mundo" é restaurada e vira 'foguete' após 10 anos largada
A saga da "Pior Ferrari do Mundo" chegou ao fim e o final é feliz. Cerca de três meses após a compra de uma Ferrari F355 que estava abandonada e com uma série de problemas, o dono brasileiro que fez todo o processo de restauração, Anderson Dick, pode aproveitar seu novo brinquedo.
O modelo teve toda sua restauração finalizada e após os testes de dinamômetro, Anderson fez sua primeira viagem com o modelo.
O destino foi o local onde a Ferrari estava ao lado de outros carros de luxo avariados, nos arredores de Atlanta, nos Estados Unidos, para mostrar ao antigo proprietário como ficou.
Além de restaurar o teto de lona que estava com rasgos e com o sistema de rebatimento quebrado, ele refez toda a mecânica ao seu gosto, o que incluiu turbinar o motor V8 da Ferrari e adotar novas rodas feitas sob medida com desenho semelhante ao das peças encontradas na Ferrari F40.
Anderson diz no vídeo que o primeiro teste de rua foi um sucesso. Ele recorda que em um carro preparado podem ocorrer problemas e que isso faz parte do processo. "Viagem tranquila até agora, mas sempre dá aquele medo assim, será que alguma coisa vai derreter, estragar, soltar?!"
Teste de dinamômetro garantiu os resultados
Em um segundo vídeo, com o teste final no dinamômetro da sua empresa, Anderson faz uma série de alterações por meio da eletrônica para chegar ao que parece ser o limite do motor V8 3.5, agora turbo, da Ferrari F355.
A expectativa quando iniciou o projeto era de conseguir atingir 800 cv de potência na roda, o que daria quase 1.000 cv no motor. A meta foi atingida, uma vez que na melhor das condições, o esportivo italiano preparado chegou aos 777 cv na roda, ou seja ficou dentro do programado.
A depender da pressão de turbo, alterações na alimentação e outros pontos específicos, Anderson conseguiu fazer o motor trabalhar desde cerca de 450 cv, passando por 560 cv, 650 cv até o pico de 777 cv que foi atingido. Ele lembra que o motor em boa parte é original por dentro, como as bielas, por exemplo.
Vale lembrar que uma das maiores alterações pela qual o carro passou foi a substituição do câmbio automatizado inspirado nos carros de Fórmula 1 e que estava quebrado por um manual de seis marchas. Ele encontrou um kit de substituição na internet e trocou "pau a pau" o sistema quebrado pelo kit.
A F355 com câmbio manual ganha até em valor. Como foi um dos primeiros Ferrari com câmbio automatizado, poucas unidades existem no mercado com câmbio manual desse modelo.
Para dar o seu toque ao modelo, Anderson também encomendou rodas feitas sob medida, na marca Rotiform. Os modelos têm desenho parecido ao das rodas que equipavam a Ferrari F40 no início dos anos 90.
"O meu estilo é ser diferente, ter uma roda exclusiva, e sempre com alguma memória relacionada a algo especial", diz Anderson. Apesar disso, ele afirma que guardou as rodas originais que tem acabamento prateado e cinco raios mais finos que as que substituíram.
Detalhes em fibra de carbono na parte traseira, porta-malas e dentro do cofre do motor também fazem parte. Materiais isolantes que lembram o ouro que a McLaren F1 tinha no cofre do motor para isolar o calor também estão presentes.
Na cabine, Anderson instalou no console central a central de gerenciamento de toda a nova eletrônica instalada na Ferrari. O painel de instrumentos foi mantido original, diferentemente do volante, que agora é de corrida.
A cerejinha do bolo foram os novos logotipos que Anderson mandou fazer para a traseira do carro e para o painel, na frente do passageiro. No painel, o "355F1" deu espaço para um novo logo "355 FT", enquanto na traseira, com espaço maior, "355 Fueltech" está à mostra.
Confira o vídeo:
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.