Honda HR-V 2022: o que podemos esperar da nova versão do SUV
O Honda HR-V chegará completamente renovado ao mercado mundial antes do fim de 2021. Além do design moderno e interior mais amplo e equipado, o SUV passará a dispor de uma motorização híbrida, que usa um motor elétrico para melhorar o desempenho e baixar o consumo.
Mostrado em fevereiro, a nova geração do HR-V ainda não foi confirmado oficialmente para o Brasil, mas a expectativa é que venha para cá até o próximo ano. O UOL Carros conversou com Kojiro Okabe, diretor de desenvolvimento da Honda, para contar os detalhes que podemos esperar o novo SUV.
Sistema híbrido do Fit
O novo HR-V, ao menos na Europa, terá motorização híbrida, mas não será plug-in - o que significa que não pode rodar longas distâncias sem o uso do propulsor a combustão.
Mas Okabe esclarece que isso não é o mais importante: "para a Honda, o que importa é a eficiência total do sistema e não tanto a distância seguida que o carro consegue andar sem gerar emissões. Por isso a nossa aposta nesses híbridos e não nos plug-in".
"Mas, tendo em conta o que acontece com o CR-V e com o Fit - que usam o mesmo sistema de propulsão, que é modular - podemos esperar que o HR-V rode mais de 80% do tempo na cidade sem emissões nocivas para o ambiente", completou.
O rendimento máximo da motorização é de 131 cv e 253 Nm. Esse sistema híbrido e:HEV estreou no CR-V com o motor de 2.0 a gasolina e depois foi reduzido à escala para o Fit (motor a gasolina de 1.5 litros). Agora, passa a estar debaixo do capô do HR-V.
A Honda preferiu divulgar apenas alguns detalhes técnicos, mas já é possível adiantar que o motor a gasolina, de 4 cilindros e 1.5 litros (com cerca de 110 cv e 140 Nm) se junta a um conjunto composto por propulsor elétrico, um segundo motor/gerador e uma pequena bateria (menos de 1 kWh) de íons de lítio.
Essa motorização assegura os três modos de funcionamento, em que o "cérebro" do sistema vai intercalando de acordo com as condições da condução e a carga da bateria. O primeiro é o EV Drive (100% elétrico), em que o HR-V e:HEV arranca e circula a baixas velocidades e carga de acelerador.
O modo Hybrid Drive convoca o motor a gasolina, não para mover as rodas, mas para carregar o gerador que transforma a energia para enviá-la ao motor elétrico (e, se sobrar, vai para a bateria também). Já o modo Engine Drive faz o carro ser movido apenas pelo motor a combustão.
Além dessas formas de funcionamento, há também os modos de condução Econ, Normal e Sport, assim como uma opção para aumentar a recuperação de energia pela frenagem.
Os números de desempenho e consumos serão conhecidos em breve depois da homologação, mas se fizermos uma estimativa (baseada nos registros do Fit e do CR-V) não estaremos muito longe da realidade, apontando para uma velocidade máxima de 175 km/h, uma aceleração de 0 a 100 km/h em 10 segundos e um consumo médio na ordem dos 17 km/l.
Espaço cresce para os passageiros
A plataforma usada é a mesma do Fit, mas com entre-eixos mais longo. Ela é conhecida pela colocação do tanque de gasolina debaixo do piso, junto aos bancos dianteiros, o que permite libertar o espaço na zona traseira inferior para ser possível criar o sistema "Magic Seat" - bem conhecido por aqui e que permite rebaixar os bancos traseiros para transportar grandes cargas.
Okabe explica que "o aumento do espaço na segunda fila (até 3,5 cm maior que o HR-V anterior) foi conseguido sem a necessidade de aumentar o entre-eixos, já que foi priorizado esse espaço, e não o do porta-malas como no caso da versão anterior".
O painel de bordo é mais minimalista e conta com um quadro de instrumentos digital e configurável. A central multimídia de 9'', segundo a marca, está mais intuitiva na utilização e com conectividade com Apple Carplay e Android Auto - sem fio apenas na primeira opção.
Logo abaixo da tela estão os comandos (mecânicos) de climatização. O console central tem mais espaço para guardar pequenos objetos e as saídas de ventilação nas extremidades do painel ganham a forma de "L", com botões rotativos para regular a saída do ar.
O motorista tem uma posição de dirigir 1 cm mais alta e os espelhos exteriores baixaram um pouco para permitir uma melhor visibilidade dianteira.
Visual renovado
O novo modelo mantém o comprimento e largura do antecessor, mas baixa a altura em 2 cm para obter melhor aerodinâmica e, como consequência, desempenho e consumos. Já a altura ao solo aumentou em 1 cm.
Visualmente se destacam os faróis dianteiros mais esguios e os traseiros unidos por uma faixa luminosa a toda a largura da carroceria (e todos com tecnologia LED), enquanto na dianteira a grade na cor da carroceria e com melhor integração elevam a impressão de superior refinamento geral do novo modelo, também fruto do maior comprimento do capô.
As portas traseiras têm maçanetas escondidas no pilar traseiro, o que gera uma imagem de cupê.
Entre as tecnologias que estarão disponíveis ao novo HR-V estão alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência, assistente de saída de faixa de rodagem, controle de cruzeiro adaptativo, leitor de placas de trânsito, alerta de ponto cego, câmera 360º e assistente de descida em rampa.
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