Para-choque tem conserto? O que fazer em caso de batidas ou rachaduras
Como o nome deixa claro, a função de um para-choque é proteger a estrutura de um veículo em casos de colisões leves, já que a sua construção é feita em plástico, um material maleável. Mas, às vezes, essas pequenas batidas podem deixar marcas mais profundas, na forma de riscos e trincas e, até mesmo deformações.
Nestes casos, surge a dúvida: é preciso trocar a peça inteira ou vale a pena apostar nos chamados serviços de recuperação de para-choques?
Primeiramente é preciso entender como é construído um para-choque.
"Geralmente, ele possui duas estruturas principais: a capa, plástica, e a chamada alma do para-choque. Enquanto a primeira tem função estética e aerodinâmica, especialmente no caso da peça dianteira, a alma do para-choque é feita de metal e se conecta diretamente com a estrutura do carro", explica Antonio Fiola, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa).
Em geral, danos sofridos na parte estética podem ser consertados por meio dos tais serviços de recuperação de para-choques. Isso vale para leves amassados, talhos na pintura e até mesmo pequenas trincas podem.
Tudo depende da extensão dos danos. Se eles forem leves e afetarem apenas a capa plástica, ele pode ser reparado, sim. "Desde que não haja rupturas em curvas, perda de partes ou danos a elementos de suporte da peça", complementa Fiola. Neste caso, tanto a sua estética quanto a sua funcionalidade são preservadas.
Caso os danos sejam mais profundos, aí não tem jeito: é preciso substituir. E os motivos para isso são os mais variados, desde a produção de vibração e, consequentemente, barulho, até impactos funcionais na peça, que perderia as suas características e, principalmente, a sua capacidade de absorver pequenos impactos sem afetar partes estruturais do veículo.
Alma tem que ser preservada
Já quando falamos sobre danos na estrutura mais interna do para-choque, a chamada "alma", a coisa muda de figura.
Além de servir como apoio para a capa plástica, ela acaba formando uma segunda camada de proteção contra impactos, tudo para ajudar a dissipar a força de batidas um pouco mais fortes e diminuir a extensão de danos à estrutura do veículo.
"A alma normalmente é presa diretamente a elementos estruturais dos carros, como as longarinas. Além disso, ela pode conter sensores que servem para detectar impactos e ativar os airbags", aponta Fiola.
Danos a essa peça, portanto, precisam ser cuidadosamente avaliados antes de definir a possibilidade ou não de reparos.
Isso vale, especialmente, se o conserto envolver a aplicação de calor, o que muda as características do metal e, consequentemente, a sua resistência.
O resultado de um reparo mal feito é similar ao que ocorre quando se repara a parte plástica do para-choque que sofreu danos mais profundos: a sua capacidade de proteção não é mantida e mesmo impactos de baixa intensidade podem acabar afetando a estrutura do veículo - cujo reparo sai muito mais caro do que a simples troca de um para-choque.
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