Renault promete subir de patamar no Brasil com novidades a partir de 2023
A Renault garantiu que pretende ser reconhecida como uma marca de maior valor agregado em vários mercados. E essa estratégia também será aplicada no Brasil
"Passamos por um período muito difícil nos últimos 12 meses (no Brasil) e nosso time brasileiro fez um trabalho incrível para não deixar a peteca cair. Estamos buscando participação de mercado por lá e temos que investir em valor, e é isso que nossa equipe no Brasil está fazendo. Existe uma visão muito clara: nós vamos elevar a Renault a um novo patamar. Vamos ter novos produtos a partir de 2023 e 2024 e vocês podem esperar que a Renault se torne uma marca de valor agregado, até porque não queremos tratar o Brasil de maneira diferente do que fazemos com outros mercados na Europa", afirmou Luca De Meo, CEO da Renault.
O executivo, que está a menos de um ano no comando da empresa, disse ter cada vez "mais confiança que o mercado da América Latina será um dos pilares de nossa estratégia global".
Arkana na Europa
A fabricante aproveitou um evento no qual foram revelados detalhes da estratégia comercial para realizar o lançamento oficial do Arkana na Europa.
O SUV cupê, que já esteve cotado para o Brasil, foi confirmado para o mercado europeu no fim de 2020. Suas vendas, no entanto, começam apenas nos próximos meses.
A fabricante afirma que o Arkana é apenas o primeiro modelo "de uma estratégia muito forte da Renault nos próximos anos, especialmente no segmento C".
No mercado europeu, o SUV cupê será oferecido com motorização híbrida. Além do motor 1.3 turbo (que deve estrear no Brasil neste ano com o Captur) em variantes híbridas-leve de 140 e 160 cv, o Arkana também será vendido com o motor 1.6 E-Tech híbrido empregado em modelos como Captur e Mégane.
Situação no Brasil e eletrificação no mundo
Fabrice Cambolive, vice-presidente sênior de Vendas e Operações da Renault, afirmou que o Brasil é um dos "mercados históricos" para a marca (ao lado de países como Rússia e Índia) e que "apresenta muito potencial". O executivo, aliás, conhece bem o nosso mercado, uma vez que já comandou as operações da Renault por aqui de 2015 a 2017.
"Estamos comprometidos a oferecer um mix de produtos apropriado para cada mercado", assegurou.
Globalmente, a fabricante (que já havia apresentado o plano estratégico "Renaulution" no começo do ano) vai investir pesado na eletrificação de seus carros.
Na Europa, 1 a cada 4 carros vendidos pela marca na Europa é eletrificado. Segundo o CEO da Renault, Luca De Meo, a meta da empresa é que 9 em cada 10 veículos vendidos sejam eletrificados até 2030.
A empresa falou sobre a linha de veículos eletrificados E-Tech, que chegou ao Brasil com o novo Zoe. A nova gama se baseia em três pilares: prazer ao dirigir, economia de combustível e menor emissões de poluentes. A linha de híbridos, por exemplo, roda 80% do percurso urbano no modo 100% elétrico.
A tecnologia engloba carros elétricos e híbridos, inclusive na Fórmula 1, onde a Renault está presente com a marca de esportivos Alpine.
De Meo acredita que os carros elétricos devem responder por 40% das vendas globais de veículos em 2030.
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