Há seis meses o CEP de um casal do Rio de Janeiro é a placa da Kombi ano 2001, batizada de "Mariazinha" e transformada em uma casa sobre rodas para que o mecânico de automóveis Leandro Rodrigues, de 40 anos, e a esposa Maria de Fátima Freitas, de 27, possam desbravar o Brasil.
O projeto é que a aventura se torne estilo de vida e tenha todos os estados brasileiros como destino, mas nada impede que o roteiro se estenda e vire um tour pelo mundo.
A paixão por estrada e viajar existe há pelo menos dez anos. Inicialmente, o casal viajava de triciclo por cidades mais próximas e as viagens duravam no máximo três dias.
Mas o casal queria mais e logo surgiu a vontade de passar mais tempo nas estradas. No início do ano passado eles decidiram vender a caminhonete S10 que tinham e com o dinheiro, cerca de R$ 30 mil, comprar uma Kombi.
"Montar um motorhome com uma Kombi já era uma vontade antiga da minha esposa. Pesquisando na internet achamos uma Kombi do jeitinho que queríamos em Belo Horizonte. Fomos até lá para busca-la e já voltamos dirigindo e curtindo as cidades do caminho", lembra Leandro.
Adaptando o veículo
Com a Kombi comprada chegou a vez de adaptar o veículo e transformá-la no que se tornaria o novo lar do casal. Equipada com televisão, pia, chuveiro, fogão cooktop, frigobar, sofá que se transforma em cama e até privada, a "Mariazinha" tem tudo o que o casal precisa.
Para que tudo funcione perfeitamente, duas baterias automotivas foram colocadas no veículo e são destinadas ao abastecimento dos eletrodomésticos. Uma outra bateria é destinada apenas para o funcionamento do veículo.
"Como somos mecânicos, a gente mesmo foi fazendo todas as adaptações na nossa oficina nas horas vagas. Os móveis foram todos planejados para aproveitar o máximo dos espaços. Em dois meses ela estava pronta", explica o mecânico. Para as adaptações do veículo, o casal relata que gastou cerca de R$ 10 mil, investimento que eles calculam que seria duas vezes maior caso tivessem que pagar pela mão-de-obra.
O lado externo da Kombi recebeu uma pintura especial na cor amarela, a preferida do casal, e nas portas um adesivo escrito "Mariazinha". Aliás, o nome dado ao veículo foi uma homenagem de Leandro para a esposa, Maria.
"Ela que me apresentou essa vida de viajante, então quando fomos escolher o nome da nossa Kombi achei justo homenageá-la", conta o mecânico.
Para suprir as despesas iniciais da expedição, o casal fez economias durante seis meses. A meta, segundo eles, é passar metade do ano viajando e a outra metade cuidando da oficina.
"Durante seis meses vamos ficar no Rio de Janeiro trabalhando para guardar dinheiro para as viagens. Nesse período vamos viajar só para praias próximas e aos finais de semana. E os outros seis meses queremos ficar na estrada conhecendo o país", relata.
Nessa primeira expedição, o casal já passou por cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e atualmente estão percorrendo o interior do Mato Grosso. A meta é percorrer ainda Minas Gerais e Espírito Santos antes de retornarem do Rio de Janeiro.
No trajeto, eles relatam que costumam estacionar em praças ou pontos turísticos e, durante a noite, buscam se abrigar em postos de combustíveis por segurança.
"Não temos um número fixo de dias para permanecer em cada cidade. Algumas com mais pontos turísticos ficamos mais e assim vamos seguindo", diz Leandro.
Mais um motorhome
Ainda segundo o casal, a paixão por motorhomes está apenas começando. Depois de construírem a "Mariazinha" eles pretendem comprar uma van e adaptá-la.
"Já pensamos no projeto e muito em breve vamos começar a trabalhar nele. Não queremos mais parar de viajar", finaliza Leandro.
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