Rali dos Sertões: saiba o que acontece com as picapes usadas no evento
Iniciando a 30ª edição neste sábado (14) depois de uma largada promocional na sexta-feira (13), o Rali dos Sertões tem há 18 anos a Mitsubishi como parceira do evento, o maior das Américas, e um dos maiores do mundo. E a parceria da marca com o evento fora de estrada é bem próximo.
Desde o levantamento para o trecho pelo qual a prova irá passar, os deslocamentos de cidade em cidade durante a prova e até auxílio para pilotos e equipes que quebraram no meio da prova, tudo é feito com picapes L200 Triton Outdoor.
Nesse ano a Mitsubishi entregou 63 carros para a organização do Sertões. São todos carros zero quilômetros que saem direto da fábrica em Catalão (GO) para serem usados também para o deslocamento de imprensa e fotógrafos que estão cobrindo a prova.
"São entregues dois carros no início do ano, que são usados para o levantamento do trecho pelos quais a prova irá passar naquele ano", conta a diretora de Marketing da Mitsubishi, Letícia Mesquita.
Outros 20 carros são entregues para uso na Expedições Sertões, que são eventos mais parecidos com passeios, mas que servem de exposição para o evento principal, o rali. 37 picapes são entregues um mês antes da prova e esses são os que serão utilizados pela imprensa, equipe e organização.
A ONG Saúde, Alegria e Sustentabilidade Brasil (SAS Brasil) atua com uma ação social que o Sertões leva para as regiões por onde passa. Eles levam remédios, consultas e até pequenas cirurgias as comunidades, e é acompanhada com quatro picapes.
O que acontece com as picapes após o evento?
Bem, como se pode imaginar, o Rali dos Sertões coloca à prova os carros de apoio e isso é bom. A engenharia da Mitsubishi usa dados recolhidos para estudar desgaste de peças e componentes após os mais de 3.500 km que serão percorridos neste ano.
Mas essas picapes não voltam todas para as fábricas, elas são vendidas pela empresa com um desconto especial. "As pessoas que ficam responsáveis pelas picapes durante o evento tem a possibilidade de comprar essas picapes com um valor diferenciado", conta Mesquita.
"Os carros têm rastreadores que também fazem uma leitura de telemetria dos carros durante todo o percurso do Sertões, o que permite saber como a pessoa que esteve atrás do volante esteve dirigindo durante o evento e se cuidou ou não do carro e isso é levado em conta", completa.
Na competição, Mitsubishi é a mais usada
Dentro da prova, a maior categoria que é a de veículos de produção, cerca de 70% do grid de inscritos em 2021 são de carros da Mitsubishi, no caso as versões preparadas de competição da L200 Triton Sport, que também são preparadas na fábrica em Goiás.
Esse ano, diz Mesquita, a empresa está enviando um caminhão de peças para vender aos competidores a preço de custo. Para fazer o inventário do que e que quantidade de determinadas peças levar, a área de competição usa um inventário do que quebrou ou foi necessários aos competidores nos anos anteriores.
"A ideia é tentar evitar que falte qualquer peça no caminhão se alguém precisa adquirir, mas claro que algumas têm mais e outras menos", completa.
Nos 30 anos de Mitsubishi no Brasil, a empresa já produziu cerca de 600 carros de competição no Brasil, desde a primeira geração da L200, a de carroceria bem quadrada, que foi apelidada de "capelinha" nos ralis que disputou.
Segundo Mesquita, a Mitsubishi "olha com carinho" para iniciativas que estão surgindo mundo afora em termos de eletrificação de algum nível também para as competições fora de estrada, que é onde está o cerne da empresa.
Vale lembrar que, por enquanto, os SUVs e picapes mais off-road da marca não tem nenhuma versão com tecnologia híbrida, no Brasil ou no mundo, mas o retorno da divisão de competição do Japão, a Ralliart, pode estar associado a esse tipo de visão.
Retorno
Letícia afirma que o retorno para a Mitsubishi é mais do que financeiro. "A Mitsubishi tem que fazer parte disso [Sertões], assim como a matriz no Japão estava associada ao Dakar. Então a gente precisava mostrar que o carro tinha a capacidade para desbravar o País [Brasil] que em sua maioria não é asfaltado."
A ideia de patrocinar o Sertões a tanto tempo é ver a prova como uma extensão dos demais eventos que a montadora já cria para seus clientes. "Alguns clientes acham que o Sertões é da Mitsubishi, tamanha a sinergia entre a marca e a prova".
Além de patrocinar o Sertões, a montadora tem quatro eventos com diferentes apelos para o público off-road: a Cup, o Motorsports, o Outdoor e o Experience. Que, na mesma ordem são, prova de velocidade, de regularidade, uma espécie de gincana com esportes envolvidos e um passeio para locais paradisíacos, respectivamente.
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