Perigo constante? Mulheres causam menos de 10% dos acidentes em SP
Resumo da notícia
- Levantamento mostra que só 6,3% dos acidentes em SP foram causados por mulheres
- Elas também foram minoria no número de CNHs suspensas em 2020
- Seguradoras oferecem descontos para motoristas do sexo feminino
Toda mulher que já esteve ao volante de um carro deve ter ouvido algum tipo de brincadeira desagradável relacionada a uma suposta falta de habilidade para dirigir.
"Desde criança, eu sempre gostei de trânsito e de carros. Só que cresci ouvindo todo tipo de preconceito e brincadeira sobre as mulheres não saberem dirigir muito bem. Então, quando era criança, queria dirigir igual um homem e não como uma mulher", lembra Flávia Brito, instrutora de direção e diretora da Prat-Car, empresa especializada em tratar o medo de dirigir.
Contra fatos, não há argumentos
Só que os números desmentem a velha (e preconceituosa) frase de que "mulher ao volante é um perigo constante".
Pesquisa realizada pelo Infosiga SP no fim de 2020 aponta que apenas 6,3% dos acidentes registrados no estado de São Paulo envolveram motoristas do sexo feminino. Este percentual é nada menos do que 16 vezes menor do que o número de acidentes com homens ao volante.
O mesmo levantamento apontou que o sexo feminino foi minoria no número de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensas no começo de 2020. Dos 91.500 documentos invalidados, apenas 23.790 (ou 26%) eram de mulheres.
Vale ressaltar que, de acordo com a mesma pesquisa, as mulheres representam 40% dos motoristas habilitados no estado de São Paulo. Isso representa aproximadamente 26 milhões de condutoras.
Seguro delas é mais barato
Esse comportamento mais prudente é reconhecido pelas seguradoras, que oferecem benefícios para as clientes.
O valor da apólice para as mulheres é até 23% menor do que para os homens, segundo um estudo da corretora online Minuto Seguros. Os dados levaram em consideração cenários como a média de valores entre estados, faixa etária e categorias de automóvel por preço.
Diante de tantas evidências e de uma necessidade de quebra de velhos paradigmas sócio-culturais, Flávia acredita que o preconceito contra as motoristas parece estar mudando.
"De vez em quando, ainda escuto uma piadinha ou outra no trânsito, mas, no geral, o preconceito diminuiu muito. No meu caso, muitos homens que me procuram admitem que as mulheres são mais cuidadosas e prudentes. Quando eles me procuram para dar treinamento, muitos deles dizem que nós somos mais pacientes e didáticas do que os homens", afirma.
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