Afeganistão: por que motoristas fogem de carros com o número 39 na placa
O Afeganistão voltou ao noticiário mundial nos últimos dias após o grupo extremista Talibã retomar o controle da capital do país, Cabul. Com o mundo reagindo ao risco deste acontecimento, o local voltou a estar em evidência depois de quase 20 anos de ocupação dos Estados Unidos, iniciada após os atentados de 11 de setembro de 2001 e encerrada recentemente.
O país, que sofre impactos econômicos há décadas devido ao terrorismo e à corrupção local, não possui uma indústria automotiva desenvolvida. A maior parte de seus carros é importada de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. São usados e predominantemente da Toyota.
E, dentro do universo de carros da marca japonesa, o Corolla é o veículo preferido pela população local, em todas as suas gerações.
Além disso, uma outra curiosidade do mundo dos carros no Afeganistão é a aversão ao número 39. Os motivos por trás disso têm diferentes frentes. Uma delas diz que o 39 se traduz na língua local em "vaca morta", mas outra afirma que a sonoridade da pronúncia se assemelha à da palavra "cafetão".
Devido às crenças no país, ser chamado de cafetão é bastante ofensivo e pode ter consequências mortais. Assim, estar de alguma forma associado ao número 39 - na placa de um veículo ou no número da própria casa - é uma vergonha. Desta forma, muitos dos cidadãos locais fazem o possível para evitar ligação ao número.
A má fama do 39 está mais localizada em Cabul. Assim, veículos com o 39 na placa costumavam ser vendidos por preços baixos na capital. Entretanto, comerciantes espertos por muito tempo os adquiriam na cidade e revendiam em outras localidades do país por preços mais altos.
Do outro lado, no caso de um carro ter o 39 em sua placa, as autoridades locais cobram de US$ 200 a US$ 500 (R$ 1.082 a R$ 2.706) para mudar a identificação do veículo. Mesmo assim ainda existem pátios com automóveis que poderiam estar andando, mas não encontram compradores por possuírem tal numeração.
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