Retroceder o hodômetro dando ré no carro é mito ou verdade? Confira
Todos os anos, diversos carros são vendidos com o hodômetro - marcador que afere a distância já rodada pelo carro - fraudado. Fazer isso é crime, e cada vez mais essa atividade ilegal vai ficando difícil devido à modernidade dos carros. Entretanto, há a velha lenda urbana de que seria possível "rebobinar" o hodômetro tracionando as rodas com a ré engatada e o carro erguido.
Os mais velhos, inclusive, vão lembrar da famosa cena do filme "Curtindo a Vida Adoidado" em que o protagonista tenta fazer o mesmo com a rara Ferrari do pai. No longa-metragem, a tentativa não dá certo.
Nos carros mais antigos, o hodômetro é analógico, dotado de um cabo conectado à transmissão, passando pelo velocímetro - como a Ferrari do filme. Assim, uma engrenagem opera o aferidor que se vê no painel. Tudo passou a ser digital no início dos anos 2000.
Assim, engatar a ré e fazer as rodas girarem em um cavalete para fraudar o hodômetro até que faz sentido.
E, na verdade, isso já chegou a ser possível em carros muito antigos, da década de 1960. Porém, quando as fabricantes de automóveis começaram a fabricar hodômetros mais sofisticados, capazes de registrar a distância percorrida tanto para frente quanto para trás, isso acabou. É o que comprovou a versão automotiva do programa "Motor Mythbusters", exibida pela publicação norte-americana Motortrend.
Agora, hodômetros digitais substituem o mecanismo do relógio e os cabos são trocados por sensores magnéticos, responsáveis por registrar o número de vezes em que o eixo de saída da transmissão gira.
Assim, para entender se você está sendo alvo de alguma fraude no hodômetro de um veículo usado, aconselha-se ver não apenas o marcador, mas o estado do carro como um todo, principalmente no interior, já que o estofamento e o volante também guardam marcas do uso frequente.
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