Porsche de empresário fica sem gasolina, trava trânsito e vira piada em MG
O empresário Anderson Franco, 45 anos, foi surpreendido ao ver que a gasolina do seu carro, um Porsche Panamera avaliado em cerca R$ 649.000, havia acabado. O automóvel, que é híbrido, também não tinha eletricidade e parou enquanto atravessava a Avenida Simon Bolívar, no Bairro Cidade Nobre em Ipatinga, no interior de Minas Gerais, contribuindo para o congestionamento, que muita gente achou curioso, dado o "pivô" da situação.
Com o carro parado no trânsito, a solução que Franco encontrou foi correr atrás de um galão de gasolina para conseguir chegar até o posto e abastecer o automóvel.
Eu raramente dirijo, mas estava no trânsito com amigos e de repente o carro parou. E então eu fui ver o que estava acontecendo. No momento, eu estava muito focado, conversando sobre negócios, e não prestei atenção no combustível.
O empresário contou ao UOL que, na ocasião, estava voltando para a casa. Franco mora no bairro do Morumbi, em São Paulo, e tinha recém-chegado à cidade mineira, onde nasceu e possui uma mansão com mais de seis mil metros quadrados. Por conta da viagem, o carro estava descarregado.
O episódio, no entanto, foi encarado com naturalidade pelo empresário.
Eu sou de origem humilde e já tive Parati, Fusca, carros populares. Já aconteceu comigo de o carro acabar a gasolina antes. E ali, naquele momento, eu fiquei sem saber o que fazer porque eu não imaginava o que poderia acontecer. Eu lembrei de respirar e pensei que era uma coisa do acaso.
Franco diz que seus amigos falaram para ele deixar o local, mas ele insistiu em ajudar a retirar o veículo da pista. "É algo que acontece com todo mundo. Fiquei lá, ajudei a carregar o galão. Algumas pessoas ficaram surpresas por isso, mas acredito que as pessoas não podem mudar por conta do dinheiro".
A cena foi gravada como uma brincadeira por um amigo, identificado como Alemão. Nas imagens, ele brinca: "Mansão de R$ 100 milhões e carro sem gasolina". Outro motorista passa e comenta a cena: "A gasolina está cara mesmo", ao que o amigo retruca: "O cartão dele [Anderson] não passou".
Ontem, o valor mais alto do litro no país, excluindo Fernando de Noronha, estava R$ 7,49, no Rio Grande do Sul. O preço mais barato do mesmo item foi R$ 5,29, no município de Cotia, em São Paulo.
Para Anderson, a brincadeira não foi à toa: "Dessa situação hilária tem um sentimento represado da população pela piora do acesso ao combustível, ao alimento. A gente vive um momento que o Brasil passa por um período de uma crise muito forte e vemos o preço do combustível rompendo barreiras que a gente não imaginava", opina.
Apesar do susto, o empresário conseguiu dirigir até um posto de gasolina próximo e abastecer o veículo. Ele afirma que recebeu muitas mensagens de pessoas surpresas dizendo que ele era "gente como a gente".
Eu acho que as pessoas precisam ser solidárias. Estamos vivendo em um momento que não precisamos ter vergonha de nada. Acho que as pessoas se identificaram por isso.
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