Coleção de carrões de Hebe será desfeita após morte de sobrinho por covid
A coleção de cinco carros Mercedes-Benz que pertenceu a Hebe Camargo será desfeita após a morte do sobrinho Claudio Pessutti em janeiro passado, devido a complicações da covid-19. O empresário era responsável pelo acervo da apresentadora e guardava os veículos de luxo na mansão que foi dela, no bairro Cidade Jardim, na capital paulista.
Apenas dois exemplares serão preservados para futura exibição em eventos sobre o legado de Hebe, que morreu em 29 de setembro de 2012 aos 83 anos. Os demais automóveis e o imóvel ficaram com Helena Caio, viúva de Pessutti - ela pretende colocá-los à venda após a conclusão do inventário.
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"Só dois carros permanecerão no acervo. Os outros pertenciam ao Claudio e agora estão com a Helena", explica Junior Gama, diretor do programa "Café com Selinho", apresentado no YouTube por Marcello Camargo - filho de Hebe e primo de Claudio. Marcello é o atual guardião dos objetos que marcaram a trajetória profissional e pessoal da mãe.
Gama acrescenta que a coleção ainda está reunida na casa da Cidade Jardim, mas ficará reduzida ao conversível SLK 230 prata 1998 e ao sedã executivo S 600L branco 2001 - este integrou exposição a respeito da apresentadora realizada no ano passado no Morumbi Shopping. A "frota" de Mercedes da Hebe foi tema de duas reportagens publicadas em 2020 por UOL Carros.
Conversamos também com Helena Caio. Foi ela quem falou dos planos de se desfazer dos demais veículos e também da mansão, onde ainda mora.
"É muito difícil conseguir manter todos os carros devido ao custo elevado. Além disso, você não tem como expor a coleção inteira e viajar com ela. Chegamos à conclusão de que é melhor ficar apenas com os dois mais importantes", esclarece.
Helena venderá duas unidades do Classe S, o sedã mais luxuoso da marca alemã, na versão esportiva S 65 AMG. O exemplar branco, modelo 2007, é o último carro adquirido por Hebe, cinco anos antes de falecer. O preto é um pouco mais antigo, de 2003.
A empresária também diz que buscará novo dono para o CLS 500 2005 preto que pertenceu à apresentadora.
De acordo com a Tabela Fipe, o automóvel mais caro do trio é o S 65 AMG 2007, com preço médio de R$ 264 mil. Contudo, dada a importância histórica desses carros, devido à proprietária famosa, somente o mercado poderá dizer o quanto realmente valem.
Hebe dirigia ela mesma seus Mercedes-Benz
UOL Carros visitou a mansão de Hebe no ano passado e fotografou seus veículos da Mercedes-Benz, todos blindados. Apenas um deles, o 600L, não estava no local, pois naquela época era exibido no Morumbi Shopping.
Na ocasião, conversamos sobre a coleção com Claudio Pessutti.
Segundo o sobrinho, que também foi empresário da apresentadora, sua tia era fã declarada da fabricante alemã e desde muitos anos antes de morrer sua garagem só tinha lugar para automóveis da marca.
Pessutti contou que sua tia comprava os carros não em uma concessionária e sim na sede da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
"Ela foi várias vezes almoçar lá na fábrica com o presidente da Mercedes. Foi em um desses almoços que a Hebe escolheu todos os itens do S 65 2007, desde a cor do painel até o estofamento. Tudo nesse carro foi instalado de acordo com o gosto dela".
Feito sob encomenda, de acordo com as preferências da comunicadora, o último carro de Hebe Camargo era na época o sedã mais potente do mundo e também o modelo mais completo e caro da Mercedes - perdendo apenas para os veículos da Maybach, divisão de alto luxo da montadora.
Equipada com motor 6.0 V12 biturbo construído a mão, a "nave" de 5,2 metros de comprimento tem desempenho de superesportivo: são 612 cv de potência e 102 kgfm de torque, gerenciados pela transmissão automática de cinco marchas. Segundo a Mercedes, a aceleração de zero a 100 km/h acontece em apenas 4,4 segundos.
Pessutti acrescentou que Hebe, inclusive quando já era octogenária, fazia questão de dirigir ela mesma seus carros no dia a dia, dispensando motorista particular e segurança. Eventualmente, o sobrinho assumia o volante, para dar mais conforto à tia.
"Ela não escolheu os veículos pela elevada potência e sim pelo estilo, pela importância. Não fazia questão de saber a quantidade de cilindros do motor, embora dirigisse muito bem".
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