Mercedes-Benz Arocs: como anda o caminhão de R$ 1 mi que trabalha em minas
![Arocs é o caminhão mais caro fabricado pela Mercedes no Brasil - Divulgação](https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/3d/2021/10/29/mercedes-benz-arocs-1-1635513966708_v2_1170x540.jpg)
Resumo da notícia
- Caminhão para uso em minas é o mais caro produzido no país
- Arocs teve 200 unidades vendidas antes do lançamento
- Motor de 13 litros é o mesmo do luxuoso Actros
Todo veículo feito para o trabalho precisa ser robusto. Só que existe uma categoria de pesados que só os fortes encaram: o segmento de veículos para mineração.
É nesse mundo que o Arocs acaba de desembarcar. Seus números são superlativos: com peso bruto é de 58 toneladas, ele é um 8x4 - ou seja, possui oito rodas (distribuídas em quatro eixos) e tração em quatro delas. O modelo também é o caminhão mais caro fabricado no Brasil: por ele pede-se nada menos do que R$ 1,1 milhão.
A etiqueta não afugentou compradores - muito pelo contrário. O caminhão vendeu 200 unidades antes mesmo do lançamento, principalmente por causa dos testes realizados com o veículo junto a empresas que precisam deste tipo de veículo.
Design parrudo
Projetado na Alemanha, o Arocs tem um design bastante robusto. Vários elementos não estão lá por estética, já que alguns acessórios são obrigatórios para o uso em um ambiente como as mineradoras.
São os casos das proteções nos faróis e das escadas de acesso à cabina, que possuem um degrau retrátil para facilitar a 'escalada'. Toda a parte inferior do veículo tem plástico preto para proteger a pintura do impacto de pequenos objetos e pedras.
Algumas partes, como as tomadas de ar, ficam em posição mais elevada para impedir a entrada de sujeira. Já os braços dos limpadores de para-brisa podem ter sua montagem modificada da horizontal para a vertical, como medida de impedir o acúmulo de sujeira.
Por dentro, o Arocs traz várias peças vindas das linhas de vans e automóveis da Mercedes-Benz. Enquanto alguns botões foram emprestados da Sprinter, o botão de partida do motor e a chave são os mesmos do Classe C. O acabamento é de qualidade muito boa e os bancos são extremamente aconchegantes.
Motor nacional
Quem conhece o imponente Actros vai se sentir em casa no Arocs. O motor é o mesmo OM 460 LA de 13 litros, que entrega 510 cv e torque máximo de 244,7 kgfm. A transmissão automatizada de 12 marchas foi calibrado para o uso off-road e possui trocas suaves para um caminhão.
São oferecidos três modos de condução. O primeiro deles é o Economy, indicado para quando o caminhão está vazio e trafegando por pisos mais planos. O modo Standard foi desenvolvido para o uso intermediário, ou seja, quando o veículo está carregado e precisa encarar pequenas rampas ou obstáculos. E o modo Power Off-Road considera o cenário mais extremo, com carga máxima e condução em trechos íngremes de pouca aderência.
Independente do modo escolhido, o Arocs se movimenta com suavidade incomum para um caminhão tão bruto. Para dar conta de encarar pisos acidentados, o caminhão ganhou barras estabilizadoras nos dois primeiros eixos.
Na parte de trás, ele vem com molas parabólicas de 100 milímetros que foram reforçadas para o trabalho pesado. O segundo eixo é direcional, o que facilita o esterçamento do veículo em locais mais apertados - situação muito comum de ser encontrada nas minas, por exemplo.
Freios com 900 cv
O sistema de freios mereceu atenção especial. Além de contar com os sistemas eletrônicos ABS e ASR, ele trabalha em conjunto com o assistente de partida em rampas (Hill Holder) e a função Hold. Este é capaz de 'segurar' o caminhão em aclives por até três segundos sem que o motorista precise acionar os freios
Falando nele, o Arocs traz retarder a óleo com cinco níveis de atuação. O sistema hidráulico trabalha juntamente com a transmissão para frear o veículo sem necessidade de pisar no pedal. Juntamente com o sistema Top Break e o freio motor, a Mercedes estima que a potência de frenagem seja de 900 cv.
O Arocs foi projetado para receber básculas com capacidade de 20 m³ a 24 m³. Já a capacidade de carga líquida gira em torno de 40 toneladas. No mercado de caminhões para operações pesadas, o estreante vai encarar as linhas Scania G e Volvo FMX.
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