Honda Civic: qual o plano para oferecer o sedã importado em 2022
A Honda confirmou que dezembro é a data final de produção nacional do Civic no Brasil. O modelo, que é produzido no Brasil desde 1995, passará a ser um carro importado de outro país. Mas qual será o novo posicionamento do sedã com essa mudança?
Primeiro é preciso entender as razões desta opção de importar a nova geração. A 10ª está saindo de linha em todo o mundo e a 11ª, que ilustra essa matéria, já foi apresentada lá fora.
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O custo para produzir a nova geração por aqui seria bastante alto, precisando de investimentos para novos ferramentais, desenvolvimento de fornecedores e alterações nas fábricas, ainda mais com o dólar nas alturas.
Isso, para um segmento que está se tornando um nicho, não fecha a conta. Nicho porque os sedãs têm sido uma das categorias mais afetadas com o crescimento dos SUVs - tanto os compactos quanto os médios.
No acumulado do ano até outubro, o Civic vendeu menos da metade do Toyota Corolla, seu principal rival. Foram 15.664 contra 33.468 unidades emplacadas. Como exemplo, o SUV compacto da própria Honda, o HR-V, que está no fim do ciclo da sua vida, teve 31.843 veículos comercializados no mesmo período.
Que o Civic é um nome importante para a Honda no Brasil não há dúvidas, foi sua produção nacional na década de 90 que permitiu que a marca chegasse até aqui, mas a conta não se justifica mais. Especialmente com investimentos mais importantes que precisarão ser feitos para o novo HR-V e o substituto do WR-V.
Com preços que hoje variam entre R$ 129.700 e R$ 160.600, o novo Civic chegaria aqui mais caro, obviamente, mesmo que nacionalizado.
Então a Honda fará o que outras marcas têm feito: oferecer uma versão mais cara, mais completa e mais rentável por unidade vendida, no caso a versão híbrida, que ainda não foi apresentada oficialmente e sucederá o sedã híbrido Insight.
O Civic se tornará um carro de imagem e suprirá, apenas com a versão híbrida que combinará o motor 1.5 turbo a gasolina com um elétrico, a lacuna entre a nova geração do City e o Accord, que custa R$ 300 mil.
Vale lembrar que a Honda prometeu três carros híbridos no Brasil até 2023. O primeiro já chegou, o Accord. Além do Civic, as demais possibilidades são o novo HR-V e o CR-V para completar a gama.
A se levar em conta que o HR-V precisa fazer volume, a expectativa recai sobre o CR-V que hoje já custa quase R$ 270 mil e seria menos afetado pelo custo da tecnologia.
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